Deitsch und Latein in die Schul vor drei hunnert Johre …

Staatsbibliothek zu Berlin
Preußischer Kuturbesitz

Historische Drucke
Bibliothek Diez

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Die Bibliothek des Diplomaten Heinrich Friedrich von Diez wurde in seinem Todesjahr 1817 erworben und umfasste ca. 17.000 Drucke und 856 Bände Handschriften. Diez verkehrte mit den Gelehrten seiner Zeit und empfing an seiner Tafel fast täglich Gäste, zu denen unter anderen Alexander von Humboldt gehörte. Auch Goethe zog aus den wissenschaftlichen Arbeiten von Diez seinen Nutzen, er führte mit ihm im Zusammenhang mit der Arbeit am “West-östlichen Divan” einen regen Briefwechsel.

Seine Bibliothek vermachte Diez testamentarisch der Königlichen Bibliothek in Berlin mit der Auflage, sie stets in der überkommenen Weise beisammen zu lassen und sie gesondert aufzustellen. Obwohl Diez ausdrücklich betonte, dass ihm bei der Erwerbung von Büchern der Nutzen über die Schönheit und Seltenheit ging, besaß er doch eine große Anzahl seltener Erstausgaben, zahlreiche Drucke des 16. Jahrhunderts und andere zu den literarhistorischen Seltenheiten zählende Werke.

Natürlich ist die Bibliothek in ihrer Gesamtheit ein außerordentlich interessantes Zeitdokument. Die ursprüngliche systematische Aufstellung wird bis heute beibehalten.

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Besen
Scopæ, f. 1.
pl.

Kehrich=
schauffel
Pala, f. 1.

Kehrich
Bäßlein
Apinarium

Auskehrich
Apinæ f. 1.

Schaff
Labrum.
n. 2.

Butten
Trimodi-
um. n. 2.

Stüßen
Urceus a-
quarius.
m. 2.

Selte
Situla. f. 1.

Fleischga-
belein
Focilla. f. 1.

Ofengabel
Rutabulum
n.2.

Backofen
elibanus.
m. 2.

Ofen=
schauffel
Pala furna-
cia. f. 1.

Scopz diffoluæ. Sachen die sich nicht zusammen schicken.
Das XVII. Hauptstück.
Von den Speißkammer und Eßwahren.
Caput XVII.
De penore & re cibarla.

Speiß-kammer
Penus oris.
n.3.

Speißmei=
ster Promus
condus.
m. 2.

Speiß
Cibus.m.2.

Brod – Panis.m.3.
Weißbrod – Panis m. 3.
canditus.
m. 2.

Hausbrod
Panis. m. 3.
cibarius.
m. 2.

Semmel
Semila. f. 1.
Weck Panis
m. 3. figili-
neus. m. 2.

Breßen
Spira. f. 1.

Speckkuchs (?)
Placenta f. 1.
lardo n.2.
Inspersa (?) f.1.

Butterbrod
Fruchstrum
panis cum
butyro.

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WER BIST DU?

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Wer bist du?
Isolda und Eduardo Dusek
(Gesung von Simone Bittencourt de Oliveira / 1995)
Üwersetzung ins Riograndenser Hunsrückisch von Paul Beppler / 2014

“Wer ist das, wo ich liebe awer wo ich noch net gefunn hoon?
Wo tärrer wohne? Uff was für en Sproch turrer mich rufe?
In was für Lewenstück wird er sich mit mich incontriere?
Was für en siehnsucht ist das, von en Liebe wo ich noch nie gelebt hoon?
Wie kann ich das spühre, das was ich noch nie mitgemacht hoon?
Könnt das sin, dass das Errinrunge sin von en vergange Zeit?
orrer ist das en Vorzeich von was noch am komme ist?”

Montagem: Cleide Brito
Música: Quem é você?
Composição: Isolda e Eduardo Dusek
Intérprete: Simone
Música do CD “Simone Bittencourt de Oliveira” de 1995.

“Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei
Eu conheço o teu beijo,
Mas não vejo o teu rosto.
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo.
Que disfarce será que usa
Pro resto do mundo.
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Por que é que te sinto se nunca te vi
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui… então vem!
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer.
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver.
Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse fato
E me faz compreender.
Esse beijo, esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo pra ti
No meu coração
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver.
Vem e me diz: quem é você
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver.
Vem e me diz: quem é você”

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Die deitsche Sproch in Frankreich

O idioma alemão na França

Duas regiões da França que fazem divisa com a Alemanha historicamente tiveram as suas falas germânicas como língua materna: o Elsässisch ou Elsässdeutsch e o Lothringer Platt (sendo que o termo “Platt” desde o centro ao sul da Alemanha e idem nos países vizinhos onde se fala alemão significa “dialeto” = Dialekt = Mundart; já no norte da Alemanha o termo Platt pode ser curto para Plattdeutsch que é um dialeto ESPECÍFICO tecnicamente também chamado de Niederdeutsch). A região da Alsácia se chama Elsass em alemão; e a região adjacente de Lorena é Lothringen em alemão, daí os nomes dos dialetos. Em textos de linguística para denominar a região francesa de fala alemã como um todo para fins discursivos não é incomum ver isto escrito assim: Elsass-Lothringen. A Alsácia e a Lorena são regiões políticas, que dizer, na verdade Elsässdeitsch e Lothingen-Deitsch não são dialetos propriamente dito, tecnicamente falando eles pertence a grupos dialetais há muito reconhecidos pela linguística – por exemplo os falares que pertencem ao alsaciano tem raízes comuns com o dialeto Alemânico / Alemannisch, sob o qual estão todas as variantes do alemão falado na Suíça. Já no caso dos falares que conjuntamente são identificados comumente como Lothingen-Platt, este tem as mesmas raízes do Rheinfränkisch e do Moselfränkisch, do Hunsrücker Platt, do Pfälsich, etc. – quer dizer, por falares similares e avizinhados do sudoeste da Alemanha … aliás, de onde partiram a maior parte de nossos antepassados germânicos ao Brasil. Sendo que tanto o alemão mais falado na América do Norte, o Pennsylvanisch Deitsch (falado não só no estado da Pensilvânia mas em outros estados dos EUA e do Canadá), bem como o alemão mais falado na América do Sul, o nosso Riograndenser Hunsrückisch, o qual é falado não só no Rio Grande do Sul mas também em Santa Catarina (especialmente no Oeste catarinense), no Oeste do Paraná, na vizinha Argentina, e nas últimas décadas até mesmo no Paraguay … todos estes dialetos pertencem ao dialeto maior que linguistas chamam de Fränkisch no alemão, um termo-conceito que nas línguas românicas como o português e o francês são chamados de língua Frâncica (as vezes Fränkisch é traduzido como Francônio no português). Notem que na frança, em francês, o nome do dialeto alemão de Lorena se chama “Francique lorrain” (Francique = Fränkisch = Frâncico/Francônio no português) – mas e porquê esta especificação do Lorrain para Francique Lorrain? Bom, aí temos que compreender que este nome pode causar confusão: Há um outro dialeto com nome parecido, um homônimo, que é um dialeto românico, ou seja derivado do latim, igualmente em francês chamado de “le lorrain” (e em alemão chamado igualmente de Lothingisch (den deutsch-lothringischen), mas romanisch Lothringisch; quer dizer leva o mesmo nome do acima referido dialeto alemão de Lorena), pertencente a um grupo linguístico maior chamado langue d’oil ou línguas de oïl (em alemão: die Oïl-Sprachen) que é falado praticamente por toda a metade norte da França.

Registra-se na atualidade uma mudança social em relação aos falares regionais, no caso, onde as gerações mais novas não sentem mais o desgosto pela cultura alemã baseado nos resultados da Seguna Guerra Mundial – ressurgindo, portanto, especificamente dentre a juventude reivindicações de recuperação dos falares da regionais, da revitalização das línguas menores, muitas vezes moribundas, em sua volta. Os vídeos abaixo atestam isso:


Lothringer Platt – Sprich’ 6
Prestem bem atenção como ambos os nossos dialetos são similares, é incrível isso!!!
Elas são cidadãs da França. / Sie beiden sind französische Staatsbürgerinnen.

Lothringer Platt – Mach emol die dir of – Weihnachten 1/2
Ele é cidadão francês. / Sein Staatsangehörigkeit ist Französisch; er ist Französe.

Miss Frankreich 2012 spricht Elsässich (a miss França 2012 fala alsaciano)
Ela é cidadã francesa! / Sie ist eine französische Staatsbürgerin!

Lern lothringer Platt ! Apprends le platt lorrain ! O alemão loreno, Lothringisch, fica bem mais difícil para nós falantes do Riograndenser Husnrückisch compreendermos pois ele se pertence ao grupo dialetal Alemânico, ao qual pertencem os dialetos alemães da Suíça / Schweiz.

A ideologia política do monolinguismo procura convencer as pessoas do conceito: uma pátria – uma só língua. Isso vai totalmente em contra a natureza diversa e plural da humanidade. Sim toda a cidadania deve ter acesso à educação em língua nacional mas isto não precisa dar-se ao detrimento das línguas regionais menores. Linguistas alertam já há algum tempo que em cem anos 90% de todas as línguas minoritárias do mundo terão desaparecido para sempre; e com elas muitos saberes e tradições, como por exemplo a culinária … Obviamente não é são somente fauna e flora em perigo de extinção por causa da padronização desenfreada onde a única coisa que conta é o lucro. Se você sabe o dialeto de sua região, pratique-o, sobretudo na presença das crianças e jovens; se não, comece a aprender a língua regional de sua região, surpreenda as pessoas mais idosas fluentes na língua mostrando interesse sério em adotar sua língua para si, idependente de sua origem nacional ou étnica – sim, pois as línguas minoritárias são tesouros culturais de suas respectivas regiões, portanto pertencem a todos/as que nela residem.

Standard Hochdeitsch vis-a-vis unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt

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Standard Hochdeitsch
vis-a-vis unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt.
Am 17. Februar 2014 von Paul Beppler gepostet.

Segue minha transcrição do texto mais abaixo para o nosso dialeto alemão riograndense.

O assunto / Das Thema do texto transcrito: Discute-se na Alemanha no momento a possibilidade de se criar regras para servir de guia ao se deixar comentários e opiniões em fóruns de revistas e jornais. Será que haverá conflito entre melhorar o nível das discussões e garantir a diversidade de opiniões?

Quanto à minha versão dialetal … bom, comparem-nas e vejam como o nosso dialeto não difere grandemente do alemão padrão – isto é, quando comparado a muitos outros falares desta mesma nossa grande família germânica.

Dito isto, nosso dialeto no Brasil também não se afastou muito da estrutura da língua em sua origem (com poucas excepções) na Europa Central. Sim temos uma grande e riquíssima quantidade de novos termos que resultaram de contato com uma fauna e flora diferentes da origem, e notadamente do contato com a língua nacional de nosso país (fora influências menores, mas que existem, de outras línguas de contrato).

Outra coisa a ser lembrada é que o nosso alemão riograndense tem seus próprios regionalismos também – assim, por exemplo, o alemão falado no noroeste do estado, onde há pronunciado contato com a Argentina, tem desenvolvido terminologia refletindo tal realidade. Algumas pessoas tendem a misturar bastante as duas línguas outras tendem a preferir uma à outra, ou mesmo mantê-las separadas, dependendo dos círculos sociais.

Alguma pessoas e comunidades são mais abertas e liberais linguisticamente falando e praticam e aceitam mais eingedeutschte brasilioonische Wörter. Por exemplo, outro dia quando utilizei o verbo “frittiere” minha mãe me lembrou que se diz brote (Hochdeitsch: braten, no passado briet, e gebraten) – só que no alemão moderno sim se utiliza frittiere; quer dizer, isto não se trata de um empréstimo “preguiçoso” do português por minha parte. Vivendo e aprendendo, man lebt und man lernt – ijo gell net?!?!

Monolinguismo é uma ideologia política que vai frontalmente em contra à diversidade e à natureza plural da humanidade.

Das Internetz gelt als das demokratischste Medium, weil dort jeder zu allem seine Meinung äissre kann. Das feehrt allerdings ooch zu unsachliche Beschimpfunge orrer Beleidingunge. Der Deutsche Presse-Root will jetzt earschtmols Rechle für Online-Fore von Zeitunge und Zeitschrifte uffstelle. Erhöcht das die Qualidtät der Diskussione orrer beschränkt das die Meinungsvilefalt? Ehre Meinung ist gefrocht. Telefonisch unner 00800 2254 2254 in der Sendung “2254″ ab 1.05 Uhr orrer hier uff unser Facebook-Seite! DEUTSCHLANDRADIO KULTUR 17. Februar, 2014.

Texto original:
Das Internet gilt als das demokratischste Medium, weil dort jeder zu allem seine Meinung äußern kann. Das führt allerdings auch zu unsachlichen Beschimpfungen oder Beleidigungen. Der Deutsche Presserat will jetzt erstmals Regeln für Online-Foren von Zeitungen und Zeitschriften aufstellen. Erhöht das die Qualität der Diskussionen oder beschränkt es die Meinungsvielfalt? Ihre Meinung ist gefragt. Telefonisch unter 00800 2254 2254 in der Sendung “2254” ab 1.05 Uhr oder hier auf unserer Facebook-Seite! DEUTSCHLANDRADIO KULTUR

En typische Tooch für en Deitschbrasiliooner …

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WIE EN MENSCH SICH TÄCHLICH TROOHN MUSS …

man muss Moints uffstehn / ma muss früh uffsteihe
dann, das Bett mache
sich bee(r)schte, sich die Zähn sauwer mache
sich oonziehe / sich sein Kleider oontun
die Händ wasche / sich die Händ abwasche
sich die Boo(r)t mache / sich rasiere
sich dusche / sich boode
das Kaffii trinke /das Kaffii uff dem Tisch tun/ vertich mache
Moints esse / später kommt das Mittachesse, dann das Omentesse
abwasche / das Gescheerr spiele
sich oonziehe
die Hoar mache / sich kämme
sich schminke / die Bäckelcher puudre (Hochdeitsch: der Puter) / heit siche den rote Baton an die Lippe oontun
Bodem [etliche Leit nenne das der Boden, wie in Besem/Besen] stoobe / der Bodem muss mit dem Stoosaucher gestoobt sin
die Wäsch muss noch gewasch sin (do krieht man awer en bisschje Zeit für se lese …)
und Heit muss ich noch flink en pooh Stück Zeich plättre

Das was dohier, der Text dohie wos du grood am less bist, das hoon ich sellebst, Paul Beppler, geschrieb – nämlich, das ist etwas wo ich aus dem Hochdeitsch zu unser deitsche Dialekt adaptiert hoon; das soll dann sin, ei wie die deitsche Sproch im Nordwesten von Rio Grande do Sul spreche tut … wo die meearschte deitschsprechender Leit vor en hunnert Joah, aus der Altkolonie von RGS ausgewannert sin, aus Plätzer wie Estrela, RS, Lajeado, RS, und so weiter.

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MIR BRAUCHE EN WÖRTERBUCH UND EN GRAMMATIK BUCH FÜR UNSER RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH SPROCH

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Que tal uma plataforma de cursos online grátis de como escrever o dialeto alemão falado por mais de dois milhões de habitantes do estado do Rio Grande do Sul? Precisamos de um livro de gramática de RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH; precisamos de um DICIONÁRIO EXAUSTIVO de nossa língua, integrado com dicionários de outras variantes da nossa vertente do alemão falado noutras partes do país, da América do Sul, do Norte, e Europa (Alemanha, Lothringen/Lorena na França, no Luxemburgo, etc.). Pessoalmente eu acho incrível que já não se tenha estes livros há anos … e inseridos em todas as bibliotecas escolares, públicas onde esta língua faz parte da identidade local; e também de livre acesso online como este aqui em Trier, na Alemanha: http://woerterbuchnetz.de O nosso idioma está internacionalmente classificado como em sério perigo de extinção pois ele está abandonado, e sempre esteve baixo políticas de Estado totalitárias que objetivaram erradicar línguas menores de seu território. Monolinguismo é ideologia política que não leva em conta as particularidades linguístico-culturais regionais – ela não deve continuar regendo sem ser questionada em um Estado republicano e democrático como o nosso de agora. Precisamos recuperar o tempo perdio – a hora de se mexer, de reivindicar pela nossa diversidade linguística é AGORA!!!

Sim porque primeiro a gente precisa aprender a escrever a própria língua, depois fazer a transição natural ao Hochdeutsch, que fica bem mais fácil – até mesmo extendendo o aprendizado de idiomas a um patamar mais afastado, mas ainda permanecendo dentro da mesma família linguística, pode-se então aprender o inglês com muito maior facilidade. A falta de reconhecimento da língua materna de milhares de riograndenses deixa o sistema de educação, em todos os níveis, fora de contato com a realidade. É um tremendo desperdício de capital humano, de um bem cultural que, uma vez perdido, jamais poderá ser recuperado.

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“Gretche rehr mich net on”
(wiss.: Mimosa pudica L.)

Wer von eich kennt das Planz dohier uff dem Bild?
[Uff Brasilioonisch heisst das en Dormideira, orrer en não-me-toque; und in Latein, ehre Botoonische Noome ist “Mimosa pudica L.”]

Wie nennt dir das in eire Plattsproch?

Como se chama esta planta no dialeto alemão de tua região?

Aus Porto Alegre: Eraldo Haas, Deitsch in Paverama (dicht von Teutônia), RGS, gelernt: “Gretsche riehr mich net on”.

Selma Behm Beppler aus Brusque, SC, Deitsch in Roque Gonzales, RGS, gelernt: “Gretsche rehr mich net on”.

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QUAL É O NÚMERO DE FALANTES DE ALEMÃO NO RIO GRANDE DO SUL?

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BILD: 1. Preis aus dem Photographischen Wettbewerb im Serra-Post-Kalender 1932. “Der kleine Mate-Lutscher” (Einsender Herr Albino Krüger, Serro Azul).
DO MÖCHT ICH EICH DIE FROCH DOHIE STELLE: Könnt jemand aus Cerro Largo (früher Serro Azul) dieses Kind uff dem Foto erkennen? Vielleicht gibts jemand in Salvador das Missões, Campina das Missões, Roque Gonzales, oder Butiooh, wo möchlichst könnt wisse, erkenne, wer das Bubchje uff dem Bild dohie ist ( Prefeitura Municipal de São Pedro do Butiá )? Bittschön, hellef uns wenn ‘s geht, ijo gell?!?!

Vou ARREDONDAR BEM POR CIMA OS NÚMEROS para simplificar (baseado nas informações do PROJETO BILINGUISMO NO RIO GRANDE DO SUL, mais abaixo):

Dos cerca de doze milhões de habitantes do estado do Rio Grande do Sul, cerca trinta porcento são bilíngues – dentre os quais, cinquenta e sete porcento falam alemão, trinta e quatro falam italiano, e quatro porcento falam polonês; na porcentagem restante estão incluidas as demais diversas línguas menores e o espanhol falado nas regiões fronteiriças. O número de bilíngues no estado é de uns três milhões e seissentos mil, dos quais dois milhões e cinquenta mil e dois são falantes de alemão (ALEMÃO: 2.052.000).

Fica mais do que óbvio que o idioma alemão é a segunda língua mais falada do Brasil, depois da língua nacional – nenhuma outra chega perto. A vasta maioria das pessoas em nosso país não sabe disso.

Projeto Bilinguismo no Rio Grande do Sul (BIRS)
Coordenação: Walter Koch
Vigência: 1985-1989

Projeto desenvolvido no Instituto de Letras da UFRGS, com o objetivo de mapear as áreas bilíngues do Rio Grande do Sul e, com isso, subsidiar os levantamentos do Atlas Linguístico Etnográfico da Região Sul do Brasil (ALERS). A metodologia do projeto baseou-se em um levantamento por correspondência junto aos alistados – por conseguinte, jovens na casa dos 18 anos, pertencentes ao sexo masculino – que se apresentaram entre 1985 e 1987, às Juntas de Serviço Militar de cada um dos municípios do Estado. O questionário enviado às Juntas, para ser preenchido pelo alistado, indagava sobre as línguas faladas pelos mesmos e por seus pais. Os resultados da enquete (v. Altenhofen 1990) apontaram para esse período um índice geral de 26,41% de bilíngues (incluindo geração dos pais e dos alistados). Desse total, o alemão aparece com 56,61%, em 1º lugar, como língua adicional mais falada no RS, seguido do italiano (33,94%) e do polonês (3,97%). Na comparação entre as duas gerações, constatou-se uma redução de 11,75% na média geral de falantas bilíngues, ou seja, houve, segundo a amostra, uma perda linguística de 30,85%, na geração dos pais, para 19,10% na geração dos filhos em idade de alistamento militar.

Atualmente, os dados coletados, de uma amostra que cobre cerca de 80% da área do Estado, fazem parte do acervo do Projeto ALMA-H. Seu valor histórico está no fato de garantir, ao menos para o RS, dados comparativos sobre a vitalidade e manutenção das línguas de imigração no período em questão. Esses dados preenchem uma lacuna do censo demográfico do IBGE que perdura desde 1950, última vez em que se inquiriu sobre “outras línguas faladas no lar”, além do português.

FONTE: ALMA. Grupo de Estudos da Escrita do Hunsrückisch (ESCRITHU) / UFRGS
[Nota: Ao entrar nesta página, vá direto à seção “Projeto Bilinguismo no Rio Grande do Sul (BIRS). Coordenação: Walter Koch. Vigência: 1985-1989”].

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TYPISCH GIBTS KEN GENITIV FALL IM RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH

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In unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt, und damit meine ich in so en normooler tächliche Gesprecht, ei do gibts KEN GENITIV FALL, awer man benutzt VON + DATIV).

Normalmente inexiste o caso gramatical genitivo possessivo no nosso dialeto, salvo alguns casos cristalizados e aparte de uma utilização fluente desta construção gramatical. Portanto não se ouve muito as pessoas falar, por exemplo: … des Mannes = do homem, … der Männer = dos homens; da mulher = der Frau/Frooh no dialeto, das mulheres = der Frauen/mas o plural para Frauen no dialeto é algo único a ele pois se diz die Froohleit.

EM LUGAR DO GENITIVO EM NOSSO DIALETO nós utilizamos “VON” (= “de”) mais o DATIVO – Por exemplo, então: des Mannes = von dem Mann; der Frau = von die Frau; des Präsidenten = von dem Präsident, etc.

MAS PRESTE BEM ATENÇÃO para NÃO chegar à CONCLUSÕES PRECIPITADAS – A FALTA DO CASO GENITIVO, O QUAL NÃO EXISTE TAMBÉM NO PORTUGUÊS, NÃO É INFLUÊNCIA DA LÍNGUA NACIONAL – como muitos pensam à primeira vista (e aí publicam isto em seus pareceres sobre a nossa língua, ajudando a perpetuar informações ruins sobre ela). Dito isto, nem vou entrar nos detalhes mas se você pesquisar irá compreender isto. Ninguém que eu saiba quer negar a influência do português em nosso idioma, mesmo em sua condição de língua minoritária, mesmo estando ela sofrendo de um rápido declínio nas últimas décadas … no entanto precisamos nos guiar pelos fatos, não por achismos.

Ja, das hesst dann, dass der Genitiv Fall von deitschsprechende Leit in Südbrasilien meeischtens unbekannt und/oder ungebraucht weert (wie das schon früher im Südwesten von Deitschland schon immer woar, ijo gell?!?!?). Naja, ijo, weche dem Kontext vons Gesprecht, die Leit tun das dann doch verstehn … wie se das von enem höre. Zum Beispiel, man säht dort net – wenichstens net öfterschs – die Leit unner sich so spreche: “Etwas, etwas … des Bundesstaates” oder ” … des Bundeslandes” – und jo, wie ich do grood geschrieb hoon, Ausnoome gibts schon – die sind dann was se sind, Ausnoome.

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Hier bei dem Link gibt es viele Bilder von Häiser in der Stadt Colinas, im Vale do Taquari oder Taquari-Tal uff Deitsch, in der Altkolonie Gebiet, im Osten von dem Bundesstoot Rio Grande do Sul.

Como estabelecer uma ponte entre o dialeto que é para a maioria de seus/suas falantes somente uma língua falada (ágrafo) e o alemão padrão, especificamente ao efetuar consultas a seus dicionários:

Entre linguistas experts, todo mundo concorda que o nosso dialeto alemão riograndense tem maiores chances de sobreviver se a gente passar a escrever nele. Com algum esforço, é possível qualquer pessoa que fala o dialeto, poder começar a escrever em sua língua regional. É sobretudo uma questão de hábito depender da língua nacional para qualquer coisa em forma escrita. Uma das maneiras mais imediatas de escrever o dialeto é utilizar a escrita do português para tal. Por exemplo, para grafar a frase “Que bonito!” a pessoa escreve “Ví chên”, “Víe xên”, “Víe schen”, etc. Uma super DICA para ajudar a pôr o dialeto falado em escrita é pensar nos sobrenomes de origem alemã que contém o som que você quer grafar. Por exemplo, você quer escrever “cortar” (mas cortar com uma tesoura…); bom, o som inicial é o mesmo na palavra portuguesa “xerife”, e também na palavra “cheio”, então pode escrever “cortar com tesoura” como “xêren” ou “chêren” – MAS, se você pensar bem, você já sabe escrever estes sons em alemão pois eles estão contidos nos seguintes sobrenomes que praticamente todo mundo do sul do país conhece: Scheeren, Scherer, Schaf, Schardong, etc.; portanto, para escrever a palavra dialetal para “cortar com tesoura” você escreve “scheren” – Viu como fica melhor do que grafar isto “xêren” ou “Chêren”? Ainda, o sistema de grafia do idioma português não ajuda na hora de se grafar muitos sons que não existem na nossa língua nacional; por exemplo, quando a gente diz “eu” no alemão, isso é grafado: “Ich”, esse som depois da vogal “i” não existe na língua nacional, e por isto você precisa aprender que ele é representado na escrita pela combinação de letras “ch”; e por isso quando você quiser escrever “perto” em dialeto, você escreve: “dicht”.

Note que com um pouco de persistência você irá aprender com desenvoltura e fluidez como se escreve, grafa, ou registra por escrito a maioria dos sons da língua. Uma vez superada esta fase inicial, você pode começar a escrever o que quiser no dialeto, e seus textos serão compreendidos … não importando detalhes, por exemplo, vamos dizer, se a palavra “bonito” deve convencionalmente ser escrita “schön” e você a grafa como “schen” (isso seria, comparavelmente, como escrever o português sem pôr acentos gráficos nas palavras).

Uma coisa é certa, o nosso dialeto alemão riograndense está bem a caminho da extinção perpétua … portanto, nestas alturas do campeonato, assim por dizer, qualquer forma escrita da língua é melhor do que deixar ela só na fala … quando sabemos que em MUITAS comunidades os adultos fluentes no dialeto simplesmente não falam mais a língua pois sempre há alguém por perto, seja netos, ou amigos, etc. que não entendem nada da língua alemã. E por isto as pessoas fluentes no dialeto simplesmente não estão mais utilizando ele, e quanto mais passa o tempo, mais a gente se afasta de trazer ele de volta, a criar um ambiente ativamente bilíngue …

Para tal, além de começar a escrever na língua, precisamos criar espaços e momentos de confraternização onde a prioridade é que se fale somente em dialeto; Mas lembre-se que além de procurar beneficiar aquelas pessoas que sempre entenderam a língua mas nunca chegaram a falar nela, além de ajudar estas pessoas a começarem a usar a língua tanto oralmente como na escrita … é super importante trazer crianças para estes espaços e momentos de confraternização onde se privilegia a nossa língua minoritária. Muitas pessoas fluentes no dialeto precisam ser convencidas primeiro a voltar a falar na língua – faz parte da natureza humana simplesmente dizer que não lembra mais a língua e ponto final, e seguir o caminho mais fácil, e continuar falando só em português. As pessoas precisam compreender que isso tudo volta bem rapidinho, com um pouco de persistência. Se você simplesmente não falar mais em português com estas pessoas, mesmo que seu alemão seja mínimo, elas perceberão que você está determinado/a e passarão a ajudar você mais e mais …

Para começar a escrever no dialeto, seja mensagens no Facebook, um bilhete deixado na mesa para a sua mãe, uma carta a uma velha amiga, o que seja, uma das coisas principais e mais básicas é aprender o alfabeto. Com um mínimo de esforço a gente consegue aprender o nome das letras do alfabeto em alemão – elas são quase todas iguais ou bem parecidas ao português, com algumas exceções. Para fazer isto, entre nestes vídeos do Youtube: Das deutsche Alphebet (note que o alfabeto “cantado” é mais fácil de lembrar, por isso foi gravado assim no vídeo).

Ainda utilizando o exemplo acima, você logo irá notar que o som de “v” do português é gravado com um “w”, e portanto “que” = “Wie” e “Que bonito! = “Wie schön!” No caso do “ö” – do “o” tremado, ou com Umlaut como se diz no alemão, você irá aprender logo logo com isso funciona no alemão. Vou explicar isto pra você de um jeito informal, bem simples: Só pra você ter uma idéia, em português a gente diz/escreve: roda –> rodei; já no alemão qualquer termo derivado da raíz “roda” = “Rad*”, por exemplo, rodas fica “Räder” … quer dizer, a letra a ganha trema/sinal de Umlaut – é como se a gente tivesse que escrever roda, rodäi em vez de como fazemos: roda, rodei.

*Note também, como aqui neste caso, que substantivos (ou seja coisas, lugares, e pessoas) ficam sempre em maiúscula na escrita alemã; o motivo dessa prática é simples mas mui importante: as frases na língua alemã são armadas de um jeito que pode confundir o leitor ou a leitora, ou demorar um pouco pra ele o ela entender o que está escrito – ao pôr substantivos em maiúscula isso ajuda na leitura, visualmente, facilitando que o sentido da frase seja compreendido com maior rapidez.

muito = oorich orrer* aarich = “artig” uff Hochdeitsch
Forma de uso:
Das ist awer doch oortich teier!
Das ist aber doch artig teuer! (note que embora isto aqui seja o equivalente ao pé da letra no Hochdeitsch, isto não quer dizer que pessoas falando no alemão padrão e ou falando ele meio casado com outro dialeto, diriam isto deste jeito, igual a nós – provalmente diriam: Das ist aber sehr teuer!

*”oder” = “ou” é um termo que na prática, muitos de nós pronunciamos “or-a”, o que eu prefiro grafar: “or-rer”, lembre-se que “rer” tem o som de “a”, como nos sobrenomes Beppler e Becker, quando estes são pronunciados no alemão regional (“pêp-pla” e “pê-ka”).

Lembre-se que muitas vezes não encontramos palavras em dicionário de alemão pois pra começar nós imaginamos a palavras escritas conforme nosso sotaque, por exemplo, a palavra Becker as pessoas iriam no dicionário de Hochdeitsch procurar Pecka, Pegga, ou Pecker … sem que jamais chegassem à Becker = um sobrenome e também
o nome da profissão de assador de pão.

Quando comecei a ler e escrever em alemão, por exemplo, eu não encontrava a palavra “egglich” = “feio” no dicionário de Hochdeitsch – sim porque no alemão padrão o equivalente e egglich não significa feio mas sim mais especificamente nojeto, asqueroso e repugnante; até que eventualmente me dei conta isto e ví que o nosso egglich = ekelig, na verdade é bem mais comum diconários de alemão encotrar-se registrada a forma mais comum desta palavra, que é eklig.

Para resolver este tipo de problema sugiro pegar o significado da palavra dialetal em português e uma vez encontrado seu equivalente em hochdeitsch, procure esta palavra do Hochdeitsch aqui nesta central de dicionários aqui para ver como ela é utilizada regionalmente e como ela foi utilizada historicamente:

www.wörterbuchnetz.de

Os dicionários nesta central de dicionários que mais contém termos parecidos, que se aproximam mais do nosso jeito de falar são, em primeiro lugar, é o dicionário do dialeto da região do Palatinado ou die Pfalz, o dialeto Pfälzisch, abreviado no Wörterbuchnetz.de como PfWB (Mas lembre-se de que “pf” não é um som “nativo” ao nosso dialeto, e portanto não é incomum as pessoas pronunciarem tipo, Ferd em vez de Pferd para cavalo, ou Pälzisch para Pfälzisch.); outro dicionário mui útil pra nós é o de Rheinisch (abreviado RhWB); e mais outro similar é o NRhWB.

FAÇA UM CLICK AQUI PARA ENTRAR NA CENTRAL DE DICIONÁRIOS E FAZER UMA PROCURA GLOBAL (NOTE QUE SE O TERMO PROCURADO PODE APARECE EM SOMENTE UM, EM DOIS, EM MUITOS, OU EM TODOS OS DICIONÁRIOS DA CENTRAL): WWW.WÖRTERBUCHNETZ.DE