Die moddersprochliche Alphabetisierung von unser deitschsprechende Südbresiljooner: En dringlich, gerechtich und lewenswichtiche Froch!

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Hier honn ich en koorz Üwersetzung vom Kastilhoonisch ins Riograndenser Hunsrückische gemacht – noch en Beispiel, ei wie leicht das kann gemacht sin …

“Das weerd doch en ganz schwächiche Gedacht üwwich der Voarfoohre honn, wenn ma denke tät, dass all die Oorweit, so gross und detalhiert wie se ist, so präzis zur Genauichkeit, und wo mit sollich sellebstbewuster Perfektion ferdich gebrung woar, hät der enziche Zweck in sich, en primitiver missgloowicher Superstition se diene, orra dass es en awergloobich- und unfruchtbares Kult fa ehre Voarfoohre woah. Ganz im gechenteil, dohie honn mea zur Beweis, in grosse Moss und ganz einzichoordich in der Welt, die earscht Uffwachung von der exakte Natuarwissenschafte in der Entwicklung von der Menschheit, en riesiche Bestrebung von der ursprüngliche Mensch seiner menschlicher Verstand, wo sich bespiechle tut an der wunderboore Realisierung unnich dem unendliche Himmel von der immens und einsamer Pampas, wo von dem Wind gekeahrt und von der Sonn gebrennt.
– Maria Reiche

“Sería tener un opinión muy baja de los antepasados, de suponer que todo este trabajo inmenso y minuciosamente exacto y detallado, hecho con concienzuda perfección, tenía como única finalidad el servicio de una superstición primitiva o un culto estéril de los antepasados. Al contrario, tenemos aquí el testimonio en gran escala y único en el mundo del primer despertar de las ciencias exactas en la evolución de la humanidad, esfuerzo gigantesco de la mente primitiva que se refleja en la grandeza de la ejecución bajo el cielo vasto de las pampas inmensas y solitarias, barridas por el viento y quemadas por el sol.”
– Maria Reiche

Es fehlt uns Texte in unser Sproch, sodass unser Sproch net komplet aussterwe tut. Kinner müsse von ganz klen schon Matriool fa se lese honn, Derheem, in die Schul. Unser Schriftlos Sproch, uff Bresiljoonisch: “língua ágrafa”, die braucht unbedickt en Verschriftlichng (Alphabetisierung) kriehn.

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
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22. Oktober 2014
Seattle, WA – USA.

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Wie ma aus dem bresiljoonische Sproch ganz schön in’s Riograndenser Hunsrückische üwersetze kann – hier ist noch en weitres Beispiel:

1) Nein, niemand hot dich enteuscht: mir sind dohie en koorz Zeit. Und mannichmoh viel keerzer wie ma sich voarstelle kann, wo jede Minut von user Lewe immernoch weartvoll, einzelhalft, und unretuarbringlich macht.

2) Dodrum ist es en vernünftiche Idee, dass ma versucht mit jedem Moment von sein Lewe, etwas ganz speziooll mache.

3) Verzichte net die Möchlichkeit fa se tun was du willst, orra was du gern host. Du kannst alles erreiche was du möchschst.

4) Versuch moh. Tue onnhalle.

5) Tue ken Zeit vertreibe mit pessich [bissich / http://www.woerterbuchnetz.de/PfWB?lemma=bissig] sin, wuttich bleiwe orra sich zu viele Sorriche [Sorgen] mache. Tue ken Zeit vertun mit Sache, wo dir goornet Wohltun.

6) Versteh. Entschuldiche.

7) Geh deine Trääm noh. Es kann ooch sin, dass du se nie erreich tust, versuch awer der Wech genüsse – üwwerall gebt es jo schöne Dings fa se siehn und fa se erlewe.

8) Leb. Hab Spass.

9) Tue die Mensche, woscht du gern host, umoorme, und säh fa ser jede Tooch, dass du se gern host. Es kann sin, dass du Moije net meh do bist, orra die Leit wost du gern host könne net meh do sin fa deine Umoormung kriehn, und fa dich se höre, wiest du se lieb host.

10) Lieb. Verliebt dich.

11) Das Lewe ohne Lieb’ kann doch so unintressant sin.

12) Viele könne gross Erfollich in ‘s Lewe erziele, awer die echt Freid nuar von derlebt die erlebt sin, wo Kiede [Güte], Entscheidung, Leidenschaft und Hochstimmung!”

-Augusto Branco. Die Üwersetzung/Adaptation ins Riograndenser Hunsrückische von Paul Beppler; Seattle, WA – USA. am 1. Januar, 2015.

1) “Não, ninguém nunca enganou você: somos breves aqui. E às vezes mais breves do que podemos imaginar, o que só torna cada segundo da tua vida um momento muito precioso, único e irrecuperável.

2) Portanto, é uma idéia razoável procurar fazer de cada momento de sua vida algo muito especial.

3) Não perca a oportunidade de fazer o que você quer ou que você gosta. Você pode conseguir tudo o que você quiser.

4) Tente. Persista.

5) Não perca tempo se chateando, ficando com raiva ou se preocupando demais. Não perca tempo com coisas que não fazem bem pra você.

6) Compreenda. Perdoe.

7) Corra atrás de seus sonhos. Você pode até não alcançá-los, mas procure aproveitar o caminho – há belas coisas para ver e para se viver em toda a parte.

8) Viva. Divirta-se.

9) Abrace as pessoas que você gosta e diga a todos o quanto você os ama. Amanhã você poderá não estar aqui, ou as pessoas que você gosta é que poderão não estar para receberem teu abraço e ouvirem você dizer o quanto você gosta delas.

10) Ame. Apaixone-se.

11) A vida pode ser muito sem graça sem Amor.

12) Muitos poderão obter sucesso na vida, mas a verdadeira felicidade só será conhecida por aqueles que possuem Graça, Determinação, Paixão e Espírito!”

Augusto Branco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Branco

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
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22. Oktober 2014
Seattle, WA – USA.

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Der Morgenstern Christian sein “DIE DREI SPATZE” jetzt uff Riograndenser Platt:

DIE DREI SPATZE
en Üwersetzung/Adaptation ins Riograndenser Hunsrückisch
von Paul Beppler – ferdich geschaft am 4. Dezember 2014

In enem leere Haselstrauch,
do setze drei Spatze, Bauch an Bauch.

Der Erich rechts und links der Franz
unn mittedren der freche Hans.

Die hoon die Aue zu, ganz zu,
unn uwendrüwer, do schneit es, hu!

Die rügge zusammer dicht an dicht,
so woorrem wie der Hans hot´s niemand nicht.

Sie hör´n all drei ehrer Herzchje Gepoch,
Unn wenn se net wech sinn, do setze se noch.

Christian Morgenstern (1871-1914)
deutscher Dichter

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
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22. Oktober 2014
Seattle, WA – USA.

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Riograndenser Hunsrückisch / Hunsriqueano Riograndense é o nome da variante brasileira do alemão com o maior número de falantes (possivelmente um quarto dos habitantes do estado do Rio Grande do Sul)

Três línguas são reconhecidas pelo Iphan como Referência Cultural Brasileira

11/11/2014
diversidade linguistica

As línguas serão apresentadas em encontro ibero-americano que vai debater políticas públicas para a preservação da diversidade linguística.

Talian, Asurini do Trocará e Guarani Mbya são as primeiras línguas reconhecidas como Referência Cultural Brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que agora passam a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), conforme dispõe o Decreto 7387/2010. Essas línguas e os representantes de suas comunidades serão homenageados durante o Seminário Ibero-americano de Diversidade Linguística que vai acontecer em Foz do Iguaçu (PR), entre os dias 17 e 20 de novembro.

O Talian é utilizada por uma parte da comunidade de imigração italiana, na Região Sul do Brasil, sobretudo nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A língua é falada desde que os italianos começaram a chegar ao país, no final do século XIX. Há municípios desses estados nos quais o Talian é língua co-oficial. Ou seja, detém relevância tanto quanto a língua portuguesa.

Asurini do Trocará ou Asurini do Tocantins é a língua falada pelo povo indígena Asurini, que vivem as margens do Rio Tocantins, no município de Tucuruí (PA). A língua pertence à família linguística Tupi-Guarani.

Guarani Mbya é uma das três variedades modernas da Língua Guarani, juntamente com o Nhandeva ou Ava Guarani e o Kaiowa. A língua Guarani Mbya é uma das línguas indígenas faladas no Brasil, ocupando uma grande faixa do litoral que vai do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, além da fronteira entre Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Os Guarani representam uma das maiores populações indígenas do Brasil. Estão distribuídos por diversas comunidades.

Seminário Ibero-americano de Diversidade Linguística
O evento vai discutir políticas públicas para a preservação e promoção da diversidade linguística dos países Ibero-americanos. O objetivo do encontro é possibilitar a reflexão sobre as experiências e iniciativas desenvolvidas pelos países, como a política brasileira para a diversidade linguística, além de propiciar um espaço de levantamento, sistematização e análise de experiências e iniciativas voltadas à promoção do espanhol e do português como segundas línguas dos países Ibero-americanos, assim como nos Estados Unidos, Canadá, Caribe e África Lusófona.

Durante o Seminário vão ocorrer ainda os seguintes eventos: Encontro de Autoridades Ibero-Americanas sobre Políticas Públicas para a Diversidade Linguística, reunindo representantes de todos os países que integram a comunidade ibero-americana, e o Fórum Línguas, Culturas e Sociedades, organizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

O evento é uma parceria do Iphan e do Ministério da Cultura com a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Essa é primeira edição do encontro. A cidade de Foz do Iguaçu foi escolhida para sediar o evento por estar na fronteira do território linguístico do português, espanhol e das línguas minoritárias faladas no espaço ibero-americano.

INDL
Para que uma língua seja reconhecida e passe a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) ela precisa ser falada em território nacional há, pelo menos, três gerações, o marco temporal é em torno de 75 anos. O objetivo do Inventário é associar a expressão linguística à sua comunidade de referência e valorizar a expressão enquanto aspecto relevante do patrimônio cultural brasileiro.

Para fazer é solicitação, é necessário que a comunidade encaminhe o pedido de inclusão no INDL para o Iphan. O pedido é analisado por uma comissão técnica formada por representantes dos seguintes ministérios: Ministério da Cultura, Educação, Ciência Tecnologia e Inovação, Justiça e Planejamento. Se esses representantes decidirem pelo reconhecimento, o processo segue para a sanção da Ministra da Cultura.

Acesse o site para mais informações sobre o Seminário: http://diversidadelinguistica.cultura.gov.br/

Serviço:
Seminário de diversidade linguística – Ibero-americana
Data: 17 a 20 de novembro de 2014
Local: Foz do Iguaçu (PR)
Informações: http://diversidadelinguistica.cultura.gov.br/

Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Isadora Fonseca – isadora.fonseca@iphan.gov.br
(61) 2024-5479/ 9381-7543
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr

FONTE (Zitatquell):
http://tinyurl.com/pd6j57f

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
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22. Oktober 2014
Seattle, WA – USA.

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O Império do Brasil promoveu a imigração alemã no Século 19 e esta canção-propaganda foi ouvida por toda a região do Hunsrück e suas redondezas:

Screen Shot 2014-03-05 at 9.21.18 AMAbschied der Auswanderer von ihrer Heimat (1846) von Karl Wilhelm Hübner (1814-1879).

Werbelied zur Auswanderung nach Brasilien

(in der Mitte des 19. Jahrhunderts im Hunsrück zur Drehorgel auf den Dörfen gesungen)

Hannes, nach Brasilien ziehn
Übermorgen all wir hin.
Sag es auch der Hannes-Gret
Sonst kommt sie am Ende zu spät.
Vergesse nicht die Krischels Baas
Aus der krummen Buckelsgaas
Und der Mattes von der Lay
Ist mit Euch so gern dabei.
Kommt mit mir, es ist noch Zeit,
Holland hält das Schiff bereit.
Hannes, Hannes zieh mit mir,
Nach Brasilien wandern wir
In das Land so riesengroß,
Und jeden Tag schlacht man ein Schwein
Und trinkt dabei den besten Wein.
Für Pfoten, Leber, Scheineköpf
Sind viel zu klein die vielen Töpf.
Drum Hannes, Hannes säume nicht,
Das Schiff in Holland wartet nicht.
Man schafft nicht dort um knappen Sold,
Die Erde strotzet vor lauter Gold
Es ist ein Stück vom Paradies,
Das Gott den armen Menschen ließ,
Die täglich flehn in tiefer Not
Um ein kärglich Stücklein Brot.
Dort gibt es keine Sorgenlast,
und jeder findet Ruh und Rast.
Oh Hannes, Hannes, säume nicht.

Quell: Facebook
Wolfgang Schubert
Vielen Dank, Herr Schubert!

Paul Beppler
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22. Oktober 2014
Seattle, WA – USA.

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Minderheitensprachen
und der Staat

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Para o resgate e proteção da nossa língua materna:

É preciso que seja iniciado um projeto a nível estadual (possivelmente coordenado com outros estados) para sistematicamente colocar placas-de-rua oficiais bilíngues nas zonas históricas da língua alemã no Rio Grande do Sul. Devolver a língua à visibilidade, à vida pública especial e especificamente pelo governo é tanto justo como urgente – inquestionavelmente é preciso reverter este triste quadro de termos uma língua regional prestes a completar duzentos anos de existência, porém classificada pelos mais importantes e sérios órgãos internacionais de monitoramento de idiomas em perigo de extinção como uma língua marcada para morrer.

Linguicídio vai contra muitos dos tratados internacionais firmados pelo Brasil. Mas esse tipo de coisa não se leva a sério em nosso país – quando algum grupo minoritário se auto-identifica, se levanta para exigir direitos, a primeira coisa que passa na cabeça da maioria das pessoas é desqualificar, desfazer, desconstruir a identidade do outro. O Estado reprimiu, passou da hora dele se redimir.

No sul do Brasil se encontra a única população do mundo que tem a língua alemã como língua materna, a qual é, como um todo, em sua maioria, analfabeta em sua própria língua de berço – resultado direto das políticas linguísticas desumanizadoras de nosso Estado; e pessoas falantes dessa língua frequentemente são tratadas como “burras” por isso; e infelizmente, com o tempo, conforme pode ser facilmente constatado, passaram a acreditar elas mesmas nas postulações firmemente fundamentadas em preconceito e ignorância … tipo que sua língua é errada, vulgar, ignorante, que nem mais alemão é, que nem se qualifica como língua, é uma mistureba, nem patuá é, quer dizer, seus falantes só emitem sons de barr-barr-barr entre sí, feito bichos … Ora, não é de surpreender que tais vítimas passassem a exibir um profundo desdém para com aquelas coisas que as identificam, como por exemplo a língua da sua Mama.

As políticas públicas do Estado brasileiro sim foram desumanas, visando o explícito extermínio de um falar ancestral que faz parte integral dos processos colonizadores do Império do Brasil. Depois da repressão Estatal de Vargas com a Campanha de Nacionalização, tendo arbitrariamente designado culpa coletiva sobre todo um segmento de sua própria população, por anos ficou proibido se alfabetizar milhões de crianças em sua língua materna. A doutrina do monolinguísmo é absurdamente totalitária.

Fico estarrecido como se montam conferências em nosso estado, em universidades ainda, pra discutir, por exemplo como minorias estão utilizando mídias sociais para obterem suas reivindicações históricas … mas de línguas minoritárias do estado, nem um palestrante (em termos de Riograndenser Hunsrückisch penso imediatamente no nome do prof. Dr. Cléo Altenhofen, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul / UFGRS); obviamente não faltam experts do mundo acadêmico, pessoas altamente qualificadas para tratar deste assunto … quer dizer, infelizmente nem dando um toque as pessoas se tocam.

Celebra-se anualmente no mundo inteiro o Dia da Língua Materna, numa tentativa de alertar as pessoas que, assim como a fauna e a flora, em cem anos noventa porcento das línguas menores terão desaparecido pra sempre – enquanto isso talvez até um quarto da população gaúcha fala o dialeto alemão-riograndense com algum grau de fluência, uma língua brasileira sui generis, por vezes perseguida violentamente, outras vezes propositalmente, calculadamente ignorada … ora, numa data dessas o estado inteiro devia celebrar com grandes festejos e programações, produções SOBRE e NAS muitas línguas regionais e minorizadas de nosso estado.

A língua alemã é a segunda língua mais falada do/no Brasil, depois de nossa língua nacional … mas a vasta maioria dos/as brasileiros/as nem sabe disso – em muitos casos nem quer saber. Francamente, é preciso atuar almejando um nível bem mais elevado de relevância do tem sido demonstrado na esfera do bilinguísmo em nosso estado até hoje.

O estado do Rio Grande do Sul devia ter uma Secretaria de Línguas Minoritárias.

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
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22. Oktober 2014
Seattle, WA – USA.

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Der Wech net gang

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Aus dem Englische
“The Road Not Taken”
von Robert Frost
(“Mountain Interval” / 1916)

Der Wech net gang

Zwooi Weche trennde sich [voar mir] in enem Wald, und Ich –
Ich honn der ene genoohm, wo wenicher getret woar;
Und das hot [für mich] alles gerännert.

[ … ]

Übersetzung von Paul Beppler,
Gemacht am 13. August 2014

Original de Robert Frost:
“The Road Not Taken”
(“Mountain Interval” / 1916)

A estrada que não tomei

Dois caminhos divergentes em um capão, e eu –
Eu tomei aquele que era o menos trilhado,
E foi a decisão que [pra mim] tudo mudou.

[ … ]

Tradução de Paul Beppler
Feita em 13 de agosto de 2014

The Road Not Taken
(“Mountain Interval” / 1916)

Two roads diverged in a wood, and I –
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

[ … ]

by Robert Frost,
American poet
(1874-1963)

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Paul Beppler
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Die Palz

Winzergasse Gleiszelle – Die Pfalz (o Palatinado / the Palatinate). Screen Shot 2014-08-12 at 12.52.00 PMDas dohier ist en Bild von Dr. Manfred Holz (sie Gleiszellen-Gleishorbach / Wikipedia-Deitsch, die Freie Internetz-Enzyklopädie)

IMPRESSÕES DO PALATINADO ANTIGO, REGIÃO LOCALIZADA NO SUDOESTE DA ALEMANHA.

O Palatinado fica junto às regiões do Hesse, Hunsrück, e da vizinha região francesa da Lorena (em alemão Lothringen), do Luxemburgo, onde se falam dialetos alemães que ganham diferentes nomes mas que pertencem ao grupo de falares Westmitteldeutsch (alemão centro-ocidental). Muito embora o luxemburguês (Luxemburguisch em alemão) tenha ganhado o status de língua nacional, muito embora o chamado Lothringisch Platt falado na reigião de Lorena, na França, jamais iria se auto-intitular de “Hunsrückisch”, na prática o dialeto “Hunsrücker Platt” do sudoeste alemão é muito mais do que mutualmente inteligível, de tão próximos e similares que são esses falares. Também houve transplante de dialetos desse tronco germânico para além-mar, dando emergência ao Riograndenser Hunsrückisch ou Hunsriqueano Riograndense no sul do Brasil com cerca de três a quatro milhões de falantes (Atenção: existem outras variantes de alemão no Brasil com um número bem mais baixo de falantes); e similarmente na América do Norte surgiu o chamado Alemão da Pensilvânia ou Pennsylvania Deutsch (Nota: Dialetos muitas vezes tem vários nomes diferentes, e várias grafias divergentes de seu nome, quer dizer bem ao contrário do que ocorre com as imponentes e absolutas línguas dominantes, oficiais, sancionadas pelos seus devidos Estados).

die Pfalz (uff Deitsch/auf Deutsch/em alemão)
o Palatinado (uff Brasilioonisch/auf Portugiesisch/em português)
the Palatinate (uff Englisch/auf Englisch/em inglês).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Palatinado

Valeria notar que no dialeto local, pertencente ao tronco Rheinfränkisch a combinação de letras “pf” do alemão-padrão oficial não faz parte – portanto as pessoas da região do Palatinado se referem ao falar em seu dialeto, à “die Palz” em vez de “die Pfalz”; igualmente no que toca o próprio nome do dialeto, o qual é conhecido por todo o país como “Pfälzisch”, porém, ao conversarem entre sí no dialeto local, as pessoas o chamam “Pälzisch”.

Seria importante a gente notar que, em se tratando de dialetos, nem todas as pessoas que residem em e que naturais de regiões da Alemanha onde existem “fortes” dialetos locais, realmente falam essas antigas variantes regionais do idioma alemão (em geral, quanto mais jovem for o indivíduo, mas afastado do dialeto). Sim pois a partir da II Guerra Mundial houve uma forte tendência de padronização da língua, especialmente dada a expansão e disponibilização geral dos meios de comunicação em massa, como a televisão. Porém, hoje em dia a nova onda por toda a União Européia é salvaguardar as línguas menores, reenforçar aspectos das culturas regionais, como as tradições gastronômicas antigas, os idiomas e falares regionais, as expressões folclóricas, etc. Se a fase inicial da expansão dos meios de comunicação em tempos modernos foi detrimental para as línguas e dialetos menores, agora em seu atual estado, nesta grande revolução nos meios de comunicação que estamos vivenciando, onde cada qual pode publicar o que quer, onde pessoas com interesses mútuos podem se agrupar livremente através da internet …. o contrário está acontecendo ultimamente, sendo que esta revolução nos meios de comunicação absolutamente sem precedentes históricos, está de fato permitindo que as pessoas com interesses similares se encontrem e se organizem organicamente … ou seja, ultrapassando os tradicionais “gate keepers” da informação, os controladores e prescritivistas e ditadores de identidades e de gostos e de costumes.

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
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Seattle, WA – USA.

Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Die Ruh …

Wandrers Nachtlied
Johann Wolfgang von Goethe

Üwwich all der Gipple
Ist Ruh,
In alle Wipple
Spearst du,
Kaum en Hauch;
Die Vöchelcher schweiche im Wald.
Woort norre, bald
Ruhst du auch.

Hiedie Üwersetzung/Adaptation ins Riograndenser Hunsrückische
honn ich sellebst, der Beppler Paul, am 12. Aug. 2014, gemacht.

Paul Beppler
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Wo sin meine Bücher?

Estaria passando pela tua cabeça algo como:
MINHA NOSSA, CRESCI FALANDO O ALEMÃO MAS NEM SEI COMO SE DIZ CERTAS COISAS BÁSICAS … COMO “JORNAL” NA MINHA PRÓPRIA LÍNGUA.
Vou deixar aqui uma sugestão mata-preguiça pra vocês interessados/as em aprimorar seus conhecimentos linguísticos:
Toda vez que você for procurar uma palavra no dicionário, sempre atente (não precisa memorizar decorado pra ter na ponta da língua … mas ATENTE, OLHE, EMPRESTE UNS SEGUNDOS para perceber como se constroi o plural do mesmo termo, e também, de passagem, como se constroi o feminino dessa palavras.
Aqui daremos uma olhadela em alguns exemplos para ilustrar isto:
o escritor [um homem] | a escritora [uma mulher] | os escritores [dois ou mais homens] | as escritoras [duas ou mais mulheres] | os escritores [um grupo mixto de homens e mulheres … que pode contar com nove mulheres e somente um homem, mas na língua portuguesa, o correto é dizer “os escritores” pois prevalece favorecido sempre a sensibilidade à imagem masculina presente em tal grupo – basicamente a língua em si reflete o chauvinismo sexista incrustrado na sociedade]. Pois bem, vamos lá trocar a coisa em miúdos:
o escritor = der Schriftsteller
os escritores = die Schriftsteller* [dois ou mais homens; ou um grupo mixto de]
a escritora = die Schriftstellerin
as escritoras = die Schriftstellerinnen
http://dict.leo.org/ptde/index_de.html#/search=escritor&searchLoc=0&resultOrder=basic&multiwordShowSingle=on

*Por isto é bom prestar atenção a estas coisas: pois há casos nos quais o plural masculino fica igual ao singular masculino, i.e. vide acima; mas só que isto nem sempre fica desse jeito, deixa eu mostrar pra vocês aqui, por exemplo: “o autor de romances” ou “der Romanautor” no plural http://dict.leo.org/ptde/index_de.html#/search=Romanautor&searchLoc=0&resultOrder=basic&multiwordShowSingle=on fica “die Romanautoren” – terminando com um “en”, ou seja, não é igual ao caso acima, “der Schriftsteller” = o autor e “die Schriftsteller” = “os autores”.

DITO ISSO, preciso falar umas coisas aqui … sim precisamos do alemão padrão para desenvolvermos uma escrita para nossa língua minoritária, não temos outra opção senão nos agarrar-mos ao alemão-standard – para dele subtrair como ficariam as palavras em nosso dialeto … por exemplo, nós sabemos que não se fala “die Lehrerinnen” para “as professoras” no nosso dialeto; mas que a gente diz de fato, no nosso jeito de falar, é “die Lehrerinne”. E só pra pegar o exemplo que dei acima, “die Schriftelerinnen” na nossa fala isto fica “die Schriftstellrinne” … e sim é preciso DEFINIR esses detalhes em uma só fonte, registrar TODAS AS COISAS DESTA NATUREZE em um só livro e/ou website UNIVESALMENTE ACESSÍVEL, DE GRAÇA, SEM ENROLAÇÃO, SEM FICAR PRIMEIRO COLETANDO DADOS PESSOAIS DE NINGUÉM, MAS PENSANDO SOBRETUDO EM AJUDAR A NOSSA LÍNGUA SOBREVIVER, E PARA TAL É FUNDAMENTA ELA GANHAR UMA ESCRITA … e no que se refere ao mundo acadêmico, eu diria isto à academia, olha pessoal, nem adianta muita coisa ficar acumulando estudos e mais estudos que meramente observem e registrem em essays obscuros, que ficam enterrados nos anais da bibliotecas das faculdades … certos pontos da nossa língua, que fiquem registrando seu estado de existência precário como meros/as observadores/as experts para acumular medalhas no seu mundo do saber científico … e sem que seu trabalho se traduza em melhoramentos concretos para esta população linguística. Não é mais novidade, está mais do que sabido que a nossa língua ficará sempre cambaleando junto ao abismo do desaparecimento sem que medidas concretas sejam tomadas HOJE, AGORA, PRA ONTEM para reverter esse estado difícil que resultou de políticas de Estado nefastas em temos ainda bem presentes na consciência, na memória coletica deste corpo de falantes de uma língua classificada como em perigo de extinção. Tem outra, ao conscientizarmo-nos sobre nosso dialeto precisamos nos esforçar para nos desprendermos dos preconceitos contra ele, sejam eles preconceitos internos, internalizados, ou discriminações vindo de fora, prejuízos externos a nós impostos. O preconceito conta a língua impede na prática a busca de saber. O certo mesmo seria campanhas de conscientização. Nos meios de comunicação a gente precisa certos horários reservados ao dialeto falado nas comunidades desde a sua fundação. O sistema escolar também precisa fazer algo. As instituições que se ocupam com a cultura teutobrasileira precisam fazer mais explicitamente no que toca o idioma – especialmente em datas comemorativas.
Sim precisamos, portanto, abservar, atentar, procurar ver e percebera a diferença entre o nosso dialeto Riograndenser Hunsrückisch e o alemão-padrão, justamente como tentei mostrar aqui neste post … sim pois não temos outra opção pois não temos nem um dicionário completo e nem uma gramática abrangente … NÓS SOMOS MILHÕES DE FALANTES DO RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH MAS NÃO TEMOS UM DICIONÁRIO – espero que vocês se dêem conta do absurdo que éisso, de quão anormal isso é, sim QUE ISTO NÃO É NORMAL!!!! Nem é normal ou aceitável que não tenhamos uma gramática que deixe claro e explicitado as regras que regem a nossa fala regional alemã. Praticamente todo mundo sabe que no Hochdeitsch não se deve, não se pode, ou que seja de forma alguma aceitável construir uma frase como, tipo, esta aqui (mas que isso é perfeitamente corriqueiro na nossa língua):
“Der Peter seine Kinner sin net Heem gang.” (“As crianças do Pedro não foram pra casa”.)
O que no alemão-padrão ficaria algo como: “Peters Kinder sind nicht nach Hause gegangen.”
(Acho que ficou correto, não estou 100% certo disso!).
SE TIVÉSSEMOS UMA GRAMÁTICA, A GENTE IRIA PODER ESCREVER A LÍNGUA DA GENTE COM NORMALIDADE … e vis-à-vis o alemão-standart, ia saber se defender escrevendo também pelo menos num nível basiquinho no Hochdeutsch. O abandono e desdeixe ao qual foi relegad o nosso idioma regional não cansa de me deixar perplexo… Que fique bem claro, não existe seque um argumento convincente ou um argumentinho plausível que possa justificar adequadamente o porquê de não existir uma gramática completa e abrangente que explique como funciona a nossa língua regional, e um dicionário de Hunsrückisch – Hochdeutsch – Português – Espanhol (e conostruído, estruturado em seu design inicial com planos de que futuramente se possa adicionar outros idiomas maiores e menors, o que for).

Paul Beppler
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