DER GAÚCHO

In unser Riograndenser Hunsrückische Dialekt der Schentiliko Gaúcho tun ma mannichmo ooch der Gaúsch nenne; unn seine Partnerin iss dann die Prenda – sie iss öfterschs ooch die Gaúscha genennt.

Gaucho Riograndenser Hunsrückisch 2014-02-25 at 2.43.03 PM

Mit Musik geht alles viel, viel besser:
Naja, unser herzliche Dank’ Schön geht an Vinícios Lunkes, wo uns der Musik-Video “Céu Sol Sul” uff Hocheitsch im Youtube uffgeloodt hot.

Hie iss die Letra, damit könnt dea all ooch mit singe:

Uploaded on Jul 19, 2010
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Céu Sol Sul em alemão

Über Berge möchte ich weit wandern
Über vielen Büschen auf dem Boden treten
An den Füssen die Rosetten spüren,
Unter Sonnenstrahlen ganz in Freiheit leben
All die Schönheit möchte ich besingen von dieser Natur ohne Gleichen
Um den Leuten einen Ort zu zeigen, wo man ohne Tränen leben kann
Um den Leuten einen Ort zu zeigen, wo man ohne Tränen leben kann

Das mein Rio Grande do Sul
Sonn’ und Sterne im Süden
Dort wird alles wachsen, was Du aussähst
Mehr noch, der Liebe ihre Blüten
Das mein Rio Grande do Sul
Sonn’ und Sterne im Süden
Dort wird alles wachsen, was Du aussähst
Mehr noch, der Liebe ihre Blüten
Dort wird alles wachsen, was Du aussähst
Mehr noch, der Liebe ihre Blüten

An den Quellen möchte ich mich erfrischen
Und den weiten Horizont mit Gott erspähen
Und erleben, dass die alten Lieder in meinen Kindern auch weiterleben
Alle Felder, die im Frühling blühen, sowie die Kinder im Gesang
Zeigen allen, die es sehen wollen, dass man ohne Tränen leben kann
Zeigen allen, die es sehen wollen, dass man ohne Tränen leben kann

Das mein Rio Grande do Sul
Sonn’ und Sterne im Süden
Dort wird alles wachsen, was Du aussähst
Mehr noch, der Liebe ihre Blüten
Das mein Rio Grande do Sul
Sonn’ und Sterne im Süden
Dort wird alles wachsen, was Du aussähst
Mehr noch, der Liebe ihre Blüten
Dort wird alles wachsen, was Du aussähst
Mehr noch, der Liebe ihre Blüten

Letra: gentil colaboração de ursinodepeluche
www.youtube.com/user/ursinodepeluche

Im Facebook der Noome von unser Grupp iss: “Riograndenser Hunsrückisch”
Das Blog-Post dohier honn ich esarscht mol am 25. Februar 2014 publiziert*; awer heit am 17. September 2015 honn ich es en Bisschje vergrössert – awer das Bild, wo ‘s wichtichschte Tehl von dem BlogPost dohie iss, natierlich, iss das das selwiche, wie voarhear geblieb …
Paul Beppler / Facebook Riograndenser Hunsrückisch Dialekt-Gemeinde Administratoar

*Uff Hochdeitsch benutzt ma davoar mearschtens das Wort Veröffentlichen.

Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Was Gilberto Freire üwer unser Leit, Kultur und Sproch gesoogt hot:

Ich persönlich tät das dohier was der grosse Gilberto Freire üwer unser Leit, Kultur und Sproch, gesoogt hot, en bissche anerstrer ausspreche, awer ich finne das was er soogt sehr beeindruckend.
Screen Shot 2014-02-24 at 9.56.03 PM
Eu pessoalmente diria isto aqui o que o grande Gilberto Freire disse sobre a nossa gente, cultura, e língua, de um modo digamos um pouco diferente … mas mesmo assim acho muito impactante o que ele escreveu.

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
25. Februar 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Opostos – Gechesätze

Gechesätze - Opostos - Riograndenser Hunsrückisch - Paul Beppler2014-02-23 at 8.49.02 AM

Hochdeitsch/Hochdeutsch/alemão-padrão = Riograndenser Hunsrückisch / Hunsriqueano Riograndense = Brasilioonisch / português
schwer = schwear = pesado/a
leicht = leicht = leve
heiß = heiss = quente
kalt = kalt = frio
schön = schön = bonito/a
hässlich = hässlich = feio/a
langsam = langsam = devagar
schnell = schnell = rápido/a
trocken = trocke = seco/a
nass = nass = molhado/a
stark = starrek = forte
schwach = schwach = fraco/a
wooich = wooich = mole
hart = hart = duro/a
jung = jung = jovem
alt = alt = velho/a
offen = uff = aberto/a
geschlossen = geschloss = fechado/a
dick = dick = gordo/a
mager = moocher = magro/a
sauber = sauber/sauwer = limpo/a
schmutzig = schmutzich = sujo/a
satt = satt = satisfeito/a
hungrig = hungrich = com fome, esfomeado/a
gut = gut = bom/boa
schlecht = schlecht = ruim, mau, má, mal
reich = reich = rico/a
arm = oorem = pobre
hoch = hoch = alto/a
niedrig = niedrich = baixo/a
groß = gross = grande
klein = klein/klen = pequeno/a
fröhlich = fröhlich – contente, feliz
traurig = traurich = triste
oben = uwe = em cima, ao alto, no alto, alto (muito usado com dort: dort uwe – lá em cima, lá adiante, alí perto, lá em riba, pra lã alí; uwehin é interessante pois hin também se usa muito com o verbo ir = gehen: hingehn (Hochd.: Hingehen) e muitas vezes, mas nem sempre conota ir para, movimento em direção a … mas hin pode significar um lugar ou estado estacionário, como hinsin (no Hochd.: hinsein) – e assim com uwe, na mesma linha, também se pode dizer, e se diz muito, uwehin, ou seja em resposta à pergunta: onde está? a resposta pode ser: uwehin (geralmente a resposta irá ser: dort uwe – mas ela pode ser uwe, ou uwe hin…); e por isto, também, uwehin pode ser a resposta à indagação: aonde vais? resposta: uwehin.
unten = unne = em baixo, de baixo, por debaixo, por baixo, para baixo

Nosso dialeto usa muito unich em vez de unne (Hochd.: unten), vorich em vez de vor (Hochd. vor), üwich em vez de üwer (Hochd.: über), newich em vez de nebe/newe (Hochd.: neben), etc. mas isto ficará para um próximo post.

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
23. Februar 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Riogr. Hunsr.: Jede Tooch (Hochdeitsch: Jeden Tag) = diariamente (Brasilioonisch)

Jede Tooch - Jeden Tag - Paul Beppler - Riograndenser Hunsrückisch 2014-02-22 at 12.36.11 AM
Jede Tooch = diariamente

gehn = gehen = andar
renne = rennen = correr
stehn = stehen = estar em pé, estar de pé, ficar em pé
setze = sitzen = estar sentado
umoorme = umarmen = abraçar
streichle = streicheln = acariciar, fazer afago
küsse = küssen = beijar
höre = hören / zuhören = escutar, ouvir / escutar atentamente, ouvir com atenção
rede = reden = conversar, falar, dizer (também / ooch: spreche, verzähle, papple, quatsche, sich üwerlehn / sich überlegen; sieh ooch: spaziere gehn, mooie gehn)
lehn = legen = deitar
schlofe = schlafen = dormir
träime = träumen = sonhar
uffwache = aufwachen = acordar, despertar
weine = chorar (man säht ooch brülle [AWER, ACHTUNG FALSCHE FREINDE/FALSCHE KOGNATE: brüllen uff Hochdeitsch ist net das selwiche wie im Dialekt: berrar, bramir, urrar, rugir, etc.]
lache = lachen = riso, risada, gargalhadas
zeiche = zeichen = apontar, mostrar
oonschaue = anschauen = olhar atentamente, olhar com atenção
wasche = waschen = lavar
Zähn beerschte = Zähn putzen orrer bürsten = escovar os dentes
moole = malen = desenhar
oonziehe = anziehen = vestir
schrooie = schreien = gritar
flüstre = flüstern = cochichar sussurar, falar quietinho, falar baixo, murmurar
troon = tragen = carregar
ziehe [“Ziehne” ist VERKEHRT, im Toofelche do unne] = ziehen = puxar
lese = lesen = ler
schreibe/schreiwe = schreiben = escrever
singe = singen = cantar
rechne = rechnen = calcular
gebe/gewe = geben = dar, conceder
nehme = nehmen = tirar, pegar, levar
springe in unser Dialekt hesst das loofe; was das Kind uff dem Bild am mache ist, ist hoh in die Höh huppse
hinfalle = cair (i.e. no chão)
Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
21. Februar 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Schöne Moddersproch Tooch!!!

Hoy se celebra el Día Internacional de la Lengua Materna.
Hoje é o Dia Internacional da Língua Materna.
Today is international Mother Language Day.
Heute ist Internationaler Tag der Muttersprache.

Heit ist das Moddersproch Tooch weltweit:

Screen Shot 2014-02-21 at 9.44.45 AM

Algumas observações neste dia de celebração de um dos aspectos mais básicos da diversidade humana e de sua pluralidade cultural:

O dialeto alemão Riograndenser Hunsrückisch / alemão riograndense, falado por talvez quase um quarto dos habitantes do RGS (dependendo das estimativas, entre dois e três milhões de pessoas – apesar do nome ele também é falado em estados vizinhos, e mesmo em países vizinhos.

Em dez anos nossa língua do coração irá completar duzentos anos de existência. Ela é uma língua que sofre de um crônico desprestígio social. Durante entrevista concedida à Deutsche Welle em 2006 Gisele Büdchen disse que ela cresceu com a língua mas esqueceu tudo – seus pais e irmãos no entanto sempre falam a língua entre si …

Em depoimento recente a Miss França / 2012 disse em disse falar Elsässisch, e falando na língua, encorajou falantes a praticarem a língua ancestral e não a deixarem morrer sob pressão da hegemonia. Elsässisch é um dos dois dialetos alemães falados na França – o outro é Lothringisch, que é muitíssimo parecido com o nosso dialeto falado no RGS, e incidentalmente, com o chamado alemão da Pensilvânia, falado não só no estado homônimo mas também em outros e estado e inclusive no Canadá.

Muita gente não sabe mas a segunda língua mais falada no Brasil é o alemão. O número de falantes de outras línguas não chega nem perto, sendo que depois do alemão vêm os idomas japonês, italiano, polonês, e o espanhol nas regiões fronteiriças. Estas línguas que são um legado da imigração, e a este grupo se inclui a língua predominante, a portuguesa, são línguas tecnicamente falando chamadas de idiomas alóctones – diferenciando-se das autóctnes, indígenas, ou da terra. Até algumas décadas atrás, o idioma estrangeiro mais estudado e apreciado pelas classes mais altas do Brasil era o francês; similarmente, mas ao mesmo tempo de forma bem mais popular e generalizadas, hoje em dia a língua internacional é, obviamente o inglês. Ainda duas breves observações: a língua alemã sempre gozou de um certo prestígio regional na Europa, em parte pois há muitas línguas menores que são idiomas irmãos e mui parecidos … por outro lado, especialmente no leste europeu, o prestígio advém da força da economia, do forte investimento em pesquisas e desenvolvimento, das instituições acadêmicas e governamentais. No caso da nossa língua nacional, ela vem ganhando prestígio internacional por causa da inserção do país no pequeno grupo de nações ricas do mundo – sim, você pode não ver as coisas assim, mas o Brasil é um dos países mais ricos do mundo.

Voltando ao nosso alemão brasileiro: De forma caduca, grosseira, e extremamente incoerente, o idioma alemão continua sendo ensinado como língua estrangeira no sul do país, em municipalidades onde esta língua faz parte de sua existência desde os tempos pioneiros. De acordo com diretrizes do Ministério da Educação, primou-se pela não alfabetização na língua regional para que de fato fosse impedido este aspecto importante na manutenção, sobrevivência e prosperidade da língua; como consequência disto temos um estado generalizado de agrafia, o Brasil sendo portanto o único país que tem uma população de milhares de pessoas que é praticamente analfabeta em sua língua materna. É preciso compreender que isto tudo é fruto de políticas internas de Estado, aliás de origem napoleônica, que sempre visaram exterminar línguas menores de seu meio. A ignorânicia e o preconceito contra a língua alemã brasileira raramente é desafiada pelas cabeças pensantes de nosso país; e infelizmente, muito desses prejuízos são internalizados pela própria população alvo. Não é preciso muito esforço intelectual para concluir que o preconceito e a ignorância dirigidos contra qualquer grupo social minoritário, seja ele caracterizado pela identidade cultural-racial, pela identidade de gênero ou sexual, linguístico-cultural, ou cultural-religioso, tem muitas similaridades, surpreendentemente mais similaridades do que se pensa à primeira vista.

Você sabe quantas línguas autóctones são faladas no Brasil? Quais são as cinco línguas indígenas que têm o maior número de falantes? Em qual estado vive o povo que tem mais falantes de uma língua indígena? pssst … é o Rio Grande do Sul. Bom, esta pergunta por si só precisa ser prefaciada toda vez que for falado em termos de línguas maternas. As línguas autóctones do continente americano sempre se caracterizaram pela multiplicidade e variedade e número baixíssimo de falantes por língua (com notáveis exceções, é claro). Mas, surpreendentemente uma análise cuidadosa logo irá revelar que o nível de bilinguismo entre povos indígenas menores, ou seja a vastíssima maioria, também é algo factual no contexto histórico. Resumindo, o próprio jeito de como enquadramos um assunto como este, como armamos a nossa pergunta, pode nos levar a conclusões, posturas e ultimamente atitudes caracterizadas pela mesmice e injustiça.

Um bom dia para todos/as – Ich wünsche eich all en schöne Tooch noch, ijo gell net?!?!?!

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Toll – Prima – Cousine – Vetter – Pat(e) und Got(e) …

Heit is das weltweit Moddersproch Tooch: 21. Februar / UNESCO. Uma homenagem ao dialeto do Hunsrück no Dia da Língua Materna. Happy international Mother Language Day!

Você sabia que o alemão é a segunda língua mais falada no Brasil?
Que quase um quarto dos habitantes do estado do Rio Grande do Sul fala o dialeto alemão do Brasil chamado Riograndenser Hunsrückisch?

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Vou aproveitar este gráfico para apontar alguns detalhes, diferenças entre o nosso dialeto alemão regional e o alemão-padrão, chamado de Hochdeutsch – ou pra quem fala o dialeto alemão Riograndenser Hunsrückisch: Hochdeitsch … Procure manter em mente que entre falantes do alemão no sul do país tem toda uma gama de níveis de fluência (de afastamento da língua), e também de contato com o alemão-padrão. Pois bem, eu gostaria de me dirigir àquelas pessoas que nunca estudaram o alemão, que só o conhecem como língua oral, falada em casa, com parentes, amigos, vizinhos, em comunidade em sua região.

OK, em primeiro lugar, a pergunta: “Wie geht es dir heute?” Aqui a única coisa que é um tanto diferente é heute que nós pronunciamos heit (ou para quem não aprendeu nem o alfabeto em alemão, háit). Você irá perceber que esta diferença entre o termo em Hochd. e no dialeto representa na verdade um padrão que se repete em um vasto número de palavras parecidas… quer dizer, pessoas = Leute em Hochd. fica Leit no dialeto; amigo = Freund = Freind; fogo = Feuer = Feier; caro = teuer = teier; estilingue (assim como na nossa língua nacional, no alemão tem muitos nomes regionais diferentes para esta peça ) = Schleuder = Schleider; cigano = Zigeuner = Zigeiner / Zigeunerin = Zigeinerin; e assim por diante.

A palavra toll para muitos de nós se refere ao estado alcoolizado em que se encontra uma pessoa – tonto, tonto de tanto beber, der ist toll, der hot zu viel Schnaps getrunk, orrer zu viel Bier getrunk. Quando a gente era criança e brincava no pátio (Hof) de rodear até ficar tonto, a gente diz, Meine Güte, ich sin jetzt toll (note que dizer “Ich sin” em vez de “Ich BIN” é uma marca forte e bem antiga do nossa raíz linguística no sudoeste da alemanha, Palatinado/Palz no dialeto e no Hochd. Pfalz, Hesse, Hunsrück, Saarre/Saarland e mesmo em Lorena/Lothringen na França e no Luxemburgo).

Prima para nós significa o feminino de primo; a vasta maioria de falantes do alemão do sul não conhece os empréstimos do francês no alemão moderno o primo = der Cousin (plural die Cousins), a prima = die Cousine (plural die Cousinnen). Lógico que uma vez expostos ao significado da expressão prima, no sentido de ahh que legal, bacana … as pessoas “pegam” logo isso. Detalhe: Visitar uma casa de prostituição era dito em português, muitas vezes, no interior “ir nas primas” – no nosso dialeto isto era dito der ou das Puff = Bordell (sendo que este coloquialismo antigo tem origem em um jogo ou Brettspiel/en Glückspiel mit Würfel … que homens usavam como desculpa ou façada).

Quanto a deparar-se com termos ou expressões novas, geralmente são de fácil absorção – eu mesmo por exemplo só precisei ouvir uma vez “Kapierst du?” na Alemanha e gravei logo o seu significado – quer dizer, é algo que eu nunca tinha ouvido no RGS.

Muitas pessoas na Alemanha moderna nem se dão conta de quão fragmentado era o idioma alemão até algumas décadas atrás, havendo regionalismos muito fortes – o que diminuiu muito nos últimos anos com a televisão e mídias posteriores. Os nomes para padrinho e madrinha antigamente variavam MUITO de região para região na Europa teutófona.

Então para padrinho a gente diz Pat, forma reduzida de Pate; e para madrinha, eu nunca ouvi Patin (comumente utilizado na Europa), mas pode ser que era conhecido em minha região, vou ter que me informar sobre isto – mas a gente dizia sempre die Got (pronunciado “gô-ôt”, com um ô prolongado, portanto não como a pronúncia da palavra Deus / Gott [com dois tts] em alemão que em comparação só tem o som de um ô; no caso Got é uma forma curta de Gote, que é um dos nomes antigos para madrinha [ele ganha várias outras formas, como Godl, Gotte, etc.]).

No noroeste do RGS a gente não conhecia os afetivos Oma e Opa para vó e vô … eu só fui aprender o significado destes termos bem depois de ter saído do ambiente de meu dialeto alemão regional. Inclusive há poucos anos atrás perguntei uma irmã minha e minha mãe que faz algum tempo moram em SC, se elas sabiam o que significavam estes dois termos – é italiano pra vovó e vovô, disseram-me as duas separadamente. Ao pesquisar o assunto, eu descobri que Oma e Opa não eram universalmente utilizados na língua alemã até uns cem anos atrás – quer dizer, tudo tem uma explicação.

Eu ainda ouvi muito o termo Vetter para primo, e se não me engano para algum parentesco afastado … mas mesmo este termo eu acho que estava caindo em desuso quando eu era jovenzinho; e a forma feminina de Vetter: Vettrin – no Hochd. Vetterin – plural Vetrinne – no Hochd. Veterinnen, era mais rara ainda; talvez eu nem a tenha ouvido, mas tenha sido exposto à ela em alguma leitura de texto antigo na minha vida adulta.

Ainda: o termo mais comum para padre da igreja no nosso dialeto é Pooter (que poderia ser grafado Pooder ou Pooda) – mas não esquecendo que boa parcela de nossos falantes de dialeto não puxam a pronúncia tanto para ó em palavras deste perfil, pronunciando Paater (que poderia ser grafado Paader ou Paada); no alemão-padrão der Pater; mas há vários outros termos para isto no alemão (Geistlicher, Mönch; no português também temos vigário, e cura, por exemplo).

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Der „deutsche Kämpfer“ von Pernambuco

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Der „deutsche Kämpfer“ von Pernambuco.
Von Alfred Waeldler.*

Brasilien ist das Land der immergrünen Urwälder und hoch ragenden Palmen; es ist das Land der Affen, der Papageien und der niedlichen Colibris und wird durchströmt von dem wundervollen, sagenhaften Amazonenstrom, dem Riesen unter den Flüssen der Erde – ein paradiesisches Land, und doch giebt es dort ein Gebiet von der entsetzlichsten Oede: das brasilianische Geistesleben. Dasselbe könnte für uns kaum Interesse haben, wenn dort nicht in jüngster Zeit die Gestalt eines Predigers in der Wüste aufgetaucht wäre, dessen Erscheinen jeden Deutschen sympathisch berühren muß und der es wohl verdient, von uns beachtet und ermuthigt zu werden; ich meine Tobias Barreto de Meneses, den wackern Fürsprecher für deutsches Geistesleben in Pernambuco.

Frankreichs Literatur war von jeher das Evangelium der Brasilianer und ist es noch heute. Die brasilianischen Universitäten wurden nach französischen Mustern eingerichtet, und nach den Lehren französischer Professoren wird die Jugend Brasiliens auch heute noch unterrichtet. Deutschland ist den Brasilianern nur ein geographischer Begriff, und weder unsere Dichterfürsten, noch unsere gediegenen Fachgelehrten auf den verschiedenen Gebieten menschlichen Wissens sind ihnen bekannt. Ihre mechanische Nachahmung französischen Wesens hat sie daran gehindert, einen Anlauf zu selbstständiger geistiger Entwickelung zu nehmen, und Alles, was ihre Literatur producirt, trägt den Stempel der Oberflächlichkeit, der Gedankenarmuth, des Nachbetens.

Daß sich unter der unumschränkten Preßfreiheit Brasiliens die Journalistik außerordentlich entwickelt hat, liefert noch keinen [701] Beweis für die geistige Rührigkeit der Nation, denn es ist, im Grunde genommen, eine nationale Schwäche, welche diese Tagesliteratur in’s Leben ruft und unterhält, nämlich die Neigung zu politischem Gezänk, zu Klatsch, Phrasenmacherei und Selbstberäucherung. Würde es der brasilianischen Presse verwehrt sein, dieser nationalen Schwäche zu fröhnen, so würde kein Mensch mehr die Zeitung lesen. Die numerische Fruchtbarkeit der Tagesliteratur im Gegensatze zu dem unglaublichen Mangel an wissenschaftlich-literarischen Erzeugnissen liefert hierfür den besten Beweis.

Auf dem Gebiete der Geschichte, der Geographie und der Statistik ihres Landes waren es nicht die Brasilianer, welche Hervorragendes leisteten, sondern Deutsche oder wenigstens Abkömmlinge von Deutschen. Die in der Landessprache geschriebene „Allgemeine Geschichte Brasiliens“, ein sehr brauchbares, wahrhaft wissenschaftliches Werk, das seltsamer Weise in Lissabon gedruckt worden ist, wurde von Franz Adolf von Varnhagen, dem Sohne eines in Brasilien eingewanderten deutschen Edelmannes, geschrieben; mit dem berühmten Handbuche der Geographie und Statistik Brasiliens von Professor Wappaeus in Göttingen kann kein brasilianisches Werk auf diesem Gebiete rivalisiren, und so hat man denn dasselbe in das Portugiesische übersetzt; ja selbst die Geschichte des angeblich glorreichen Krieges, welchen Brasilien und Argentinien gegen Paraguay geführt haben und zu dessen unsterblichem Andenken in den größeren Städten des Landes prunkvolle Siegessäulen errichtet wurden, fand unter den Brasilianern zunächst keinen Darsteller – sondern das Werk des kürzlich in Potsdam verstorbenen Hofrathes Schneider über den Krieg in Paraguay mußte übersetzt und damit dem Mangel abgeholfen werden.

Philosophen haben die Brasilianer nicht aufzuweisen; eine oberflächliche Kenntniß der Systeme französischer Philosophie und ein geistloses Nachbeten derselben ist Alles, was man auf diesem Felde von den Brasilianern erwarten kann. Eine wahre Antipathie scheinen sie gegen Alles zu haben, was Naturwissenschaft heißt, und die Kenntniß der reichen Fauna und Flora ihres Landes verdanken wir ausschließlich europäischen Gelehrten. So hat sich bis jetzt keine Wissenschaft selbstständig in Brasilien entwickelt, am allerwenigsten eine Kritik, die ihr schneidiges Schwert über die jammervollen Gebilde der dortigen Literatur zu schwingen wüßte.

Um nicht ungerecht zu sein, müssen wir aber hervorheben, daß die Brasilianer für die Lyrik ein ausgesprochenes Talent besitzen. In Brasilien ist mindestens jeder dritte Mensch, wenn auch gerade kein Dichter, so doch ein Dichterling, und die Erzeugnisse der brasilianischen Lyrik, so sentimental und in ihrem Ideenkreise beschränkt sie uns auch erscheinen mögen, enthalten doch Perlen wahrer Dichtkunst. Anders mit dem Drama und dem Roman. Diese werden ganz vernachlässigt, und die brasilianischen Theater nähren sich von den Brosamen, die ihnen in schlechten Uebersetzungen französischer Romane und Spectakelstücke zugeworfen werden. Für Musik haben die Brasilianer einiges Talent, aber nur ein musikalisches Genie dürfen sie das ihre nennen, nämlich den kleinen Dengremont, welcher jetzt die Musikfreunde deutscher Großstädte mit seinen Leistungen entzückt, und dieser ist eigentlich auch nur ein halber Brasilianer, da er, obwohl in Brasilien geboren, von französischen Eltern abstammt; Gomes mit seiner gar nicht einmal originellen Oper „O Guarany“ kann unmöglich ein Genie genannt werden, obgleich ihm die Brasilianer selbst den hochtönenden Namen „der brasilianische Mozart“ beigelegt haben; in der Malerei hat sich bisher nur Americo mit seinem Bilde „die Schlacht von Riachuelo“ hervorgethan; brasilianische Bildhauer giebt es meines Wissens nicht, und architektonischer Geschmack geht der ganzen Nation vollständig ab.

In dieser geistesarmen Welt ist die deutsche Colonie in Brasilien wie eine Oase in der Wüste zu betrachten. Die 130,000 Deutschen, die in den südlichen Provinzen Rio Grande do Sul, St. Catharina und Paraná leben und ebenso jene, welche sich in den Provinzen Rio de Janeiro und Sao Paulo – allerdings in weit geringerer Anzahl – niedergelassen haben und durchschnittlich pecuniär sehr wohl situirt sind, führen ein frisches geistiges Leben. Die Thatsache, daß sie nicht allein sechs deutsche Zeitungen, sondern auch Volkskalender, gute Lesebücher und Fibeln, landwirthschaftliche Werke u. dergl. in ihren Druckereien erscheinen lassen und einen bedeutenden buchhändlerischen Verkehr mit ihrem Stammlande unterhalten, zeugt genügend dafür. Es konnte dies nicht ohne Einfluß auf die mit ihnen verkehrenden Brasilianer bleiben, besonders da viele gebildete und talentvolle Deutsche sich dem Lehrerberufe an brasilianischen Schulen widmeten und ihren Zöglingen die Schätze deutscher Literatur erschlossen. Der seit Jahren an den höheren Schulen von Rio Grande eingeführte obligatorische Unterricht im Deutschen, an den im übrigen Brasilien, zumal in Rio de Janeiro, gar nicht zu denken ist, kann als gezeitigte Frucht der Arbeit jener wackeren Pioniere deutscher Cultur betrachtet werden. Auf Rechnung eben dieser Arbeit ist auch das Merkwürdige zu setzen, daß ein Vollblutbrasilianer, Bernardo Taveiras in Pelotas, vor etwa fünf Jahren einen Band wahrhaft classischer Uebersetzungen der herrlichsten Balladen von Goethe, Schiller und Uhland sowie der Heine’schen Lieder herausgab.

Finden wir für diese erfreuliche Erscheinung eine hinlängliche Erklärung in den Verhältnissen von Rio Grande, so standen wir wie vor einem Räthsel, als im Jahre 1875 in Pernambuco, wo verhältnißmäßig sehr wenige Deutsche leben, ein Buch erschien, das den Titel „Ensaios e estudos de philosophia e critica“ führte und von einem bis dahin völlig unbekannten Autor, der sich Tobias Barreto de Meneses nannte, verfaßt war. [702] Wir nahmen das Buch schon um des Titels willen mit großer Spannung zur Hand, und unser Erstaunen wuchs, je mehr wir darin lasen. Der Verfasser trat uns als ein Mann von ungewöhnlicher Belesenheit, zugleich von scharfem und klarem Urtheil und als ein Meister eleganter Diction entgegen; was uns aber am meisten überraschte, war, daß dieser Mann in einer rein brasilianischen Umgebung, fernab von den deutschen Colonien, sich solche eminente Kenntniß der deutschen Literatur erworben und nun im Gegensatz zu der in Brasilien üblichen Ueberschätzung französischer Geisteswerke mit einer an Schwärmerei grenzenden Vorliebe für Deutschland eintrat.

Hier eine Probe von der Sprache, welche er der brasilianischen Eitelkeit gegenüber führt:

„Es ist bemerkenswerth,“ sagt er, „daß unser Franzosenthum sich durchaus nicht auf die Bewunderung der wirklich bedeutenden Männer stützt, die Frankreich besitzt. Schriftsteller und Denker niederer Gattung beherrschen uns heute, wie sie uns vor zehn oder zwanzig Jahren beherrschten. Einige Literaten, die nie Auguste Comte gelesen haben und die Daten seiner Geburt und seines Todes ignoriren, die Littré nicht kennen, die selbst unfähig sind, die Entwickelungsgeschichte eines Guizot zu erzählen – wissen, wer Feuillet ist, wer Sardou, wer Dumas Sohn, wer Feydeau ist. Die Werke dieser werden von den Eintagsfliegen unserer Intelligenz verschlungen, und ihr süßer Honig träufelt ihnen von den Lippen.“

Eine solche Sprache war unerhört in Brasilien und nichts natürlicher, als daß die brasilianischen Heißsporne ihrer Entrüstung gegen den kühnen Pernambucaner Luft machten, wobei freilich von einer sachlichen Polemik keine Rede war, sondern Alles auf persönliche Beleidigungen des Verfassers und des von ihm vertretenen Deutschthums hinauslief. Da dem wackeren Meneses in der isolirten Stellung, welche er einer ganzen Nation gegenüber einnahm, die Tagespresse der Hauptstadt, wo bekanntlich der brasilianische Chauvinismus seinen Herd hat, verschlossen war, so verfiel er auf ein eigenthümliches Mittel, um seinen Ideen Geltung zu verschaffen; er gründete nämlich unter dem Namen „Deutscher Kämpfer“ eine in Pernambuco erscheinende, in einer brasilianischen Druckerei mit lateinischen Lettern gedruckte deutsche Zeitung.

War die Thatsache, daß ein Brasilianer in Brasilien eine deutsche Zeitung herausgab, an und für sich schon geeignet, das Befremden der Brasilianer und das Interesse der Deutschen zu erwecken, so war dies in erhöhtem Grade der Fall bei der Wahrnehmung, daß der „Deutsche Kämpfer“ die bitteren Wahrheiten, die er dem brasilianischen Volke zu sagen hatte, in grammatikalisch meist correctem und schönstilisirtem, wenn auch etwas eigenartigem Deutsch ausdrückte.

Freilich hatte der „Deutsche Kämpfer“ wegen mangelnder Abonnenten keine Lebensfähigkeit und ging schon nach dem Erscheinen der fünften Nummer wieder ein, aber Meneses wollte das einmal begonnene Werk nicht wieder aufgeben, und in einer deutsch geschriebenen Broschüre: „Brasilien, wie es ist in literarischer Hinsicht“, brachte er die Ideen zum Ausdruck, für welche mit dem „Deutschen Kämpfer“ einzutreten, er sich durch die Ungunst der Verhältnisse verhindert sah. Die Vorrede sagt uns auch, warum er in deutscher Sprache gegen seine Landsleute polemisirt.

„Man sieht wohl,“ heißt es darin, „daß dies ein Protest ist, den ich gegen die in meinem Vaterlande herrschenden Tendenzen, gegen unser schlechtes Régime mental, wie sich ein französischer Positivist ausdrücken dürfte, mit der klaren Absicht niederschreibe, die Aufmerksamkeit der einzig Berechtigten auf unser elendes geistiges Leben zu lenken, und somit würde der Gebrauch des Portugiesischen ebenso verkehrt sein, wie wenn ein Brasilianer in Berlin mit den vaterländischen papierenen Milreis (brasilianisches Geld) ein Buch oder andere Waare kaufen wollte. Dort hat beides keinen Cours.“

Eine eingehende Besprechung dieser interessanten Schrift möchte uns hier zu weit führen; wir wollen nur einige Stellen mittheilen, welche, obgleich aus dem Zusammenhange des Ganzen herausgegriffen, genügen werden, um uns für den wackeren Pernambucaner einzunehmen.

„Von der Nothwendigkeit einer Reform des brasilianischen Geisteslebens tief durchdrungen“ – sagt er an einer Stelle – „hege ich den Wunsch, meinen Landsleuten, die in ihrer intellectuellen Richtung völlig irre gehen, die Größe Deutschlands mehr und mehr fühlbar zu machen, so weit meine Kräfte es gestatten.

Denn man darf unbedenklich annehmen, daß es unser Mangel an Geschmack und an Kenntnissen der gegenwärtigen deutschen Wissenschaft ist, welche uns noch am Gängelbande einer veralteten, in Verruf gerathenen Cultur befangen zurückbleiben läßt. – Mich quält schon lange der erhabene Wahnsinn – nichts Anderes als Wahnsinn – in Brasiliens Adern gleichsam einen Tropfen germanischen Blutes einflößen zu wollen, als das einzige Heilmittel, das uns eine Radicalcur vom allgemeinen Grundübel der Ignoranz verspricht.“

Indem er die Armut der portugiesischen Literatur berührt, kommt er zu einem Vergleiche derselben mit der brasilianischen und sagt dabei unter Anderm: „Möglichst lückenhaft und unvollständig stellt sich unsere Literatur dar. Nichts desto weniger trägt sie die Signatur unseres Geistes, oder richtiger, das Gepräge unseres Elends. Wir haben zwar eine unabsehbare Schaar Publicisten und allerlei Schriftsteller, die sich, wie die Kaninchen, von Tag zu Tag vermehren. Aber was gelten alle diese Prosaiker und Dichter, alle diese Gänse, aus denen man so gern lauter Schwäne machen will? Jeder von ihnen wiegt nicht die Feder, mit welcher er schreibt. – Giebt es doch kein Product aus brasilianischer Feder, nicht einmal eine einzige Idee, die einen Grad von zeitgemäßer Bildung bezeugte. Das gilt nicht nur von der Philosophie und Wissenschaft, sondern auch von der sogenannten schönen Literatur. – Die edle glorreiche deutsche Nation ist für uns noch nicht hinter dem Nebel hervorgetreten, womit sie die französischen Schriftsteller, Frau von Staël an der Spitze, umhüllten. Goethe und Schiller sind die einzigen deutschen Namen, die unsere Literaten zu buchstabiren wissen, und zwar nur als zwei Phrasen, die sie stets gebrauchen, deren Sinn sie aber völlig ignoriren. Kaum, daß die Strahlen einiger der hellleuchtenden Sterne am Himmel des deutschen Gedankens jetzt erst zu uns gelangen; bei der unermeßlichen Entfernung von unserer Welt wird uns das Licht eines Kant und eines Lessing wie das eines Nebelfleckes im astronomischen Gebiete vielleicht ewig unbekannt bleiben. – Im Allgemeinen ist die Ignoranz etwas Verneinendes, das heißt ein Mangel an Kenntnissen; bei uns aber ist sie etwas Positives, das heißt ein Ueberfluß an zurückgebliebenen Ideen, gleichsam ein Reichthum an angehäuftem, verrufenem Papiergelde, welches nicht mehr anerkannt ist. – Um unsere Bornirtheit zu bezeugen, sei auch dies noch vorübergehend bemerkt: Man sagt häufig in Bezug auf das alte Griechenland, daß in die Welt der Ideale sich zu versenken nur einer hocharistokratischen Gesellschaft möglich war, welche alle gemeinen Sorgen des Lebens auf die geduldigen Schultern ihrer Sclaven thürmte, und selbst ein Mann wie Treitschke steht nicht an zu behaupten, die Tragödien des Sophokles und der Zeus des Phidias seien um den Preis des Sclavenelends nicht zu theuer erkauft. Zugegeben! Aber ich frage: was haben wir uns denn drei Jahrhunderte hindurch um den Preis der Sclaventhränen erworben? Gar nichts! Die brasilianische Aristokratie ist eine der stupidesten, die man kennt, was sie nicht hindert, anmaßend und stolz zu sein.“

Mit schneidender Ironie geißelt Meneses in dieser Schrift den Verlauf des brasilianischen Culturkampfes, der in einem demüthigenden Frieden mit Rom endigte, und macht für diesen kläglichen Verlauf in erster Reihe den Kaiser von Brasilien, Dom Pedro den Zweiten, verantwortlich. Seine Abneigung gegen diese Souverain ist überhaupt grenzenlos, wie wir nicht allein aus der genannten Broschüre, sondern auch aus einer erst kürzlich von ihm in Pernambuco unter dem Titel „Ein offener Brief an die deutsche Presse“ herausgegebenen Schrift ersehen.

Diese Schrift ist im Grunde genommen weiter nichts, als ein Protest gegen die schmeichelhaften Artikel, welche deutsche Zeitungen und Zeitschriften dem Kaiser von Brasilien widmeten, als derselbe vor zwei Jahren den europäischen Continent bereiste. Meneses wollte einen Protest in denselben Blättern veröffentlichen, wurde aber in Anbetracht des Artikel 103 des deutschen Strafgesetzbuches, der die Beleidigung fremder Regenten mit Strafe bedroht, von den betreffenden Redacteuren zurückgewiesen. Dies veranlaßte ihn, die obengenannte Schrift zu verfassen. Es ist nicht zu leugnen, und Jeder, der die politischen Verhältnisse Brasiliens genauer studirt hat, muß es bestätigen, daß es für einen wahrhaft patriotischen Brasilianer der Gründe genug giebt, um mit dem herrschenden Regime unzufrieden zu sein; aber die Art und Weise, wie Meneses mit seinem Souverain in’s Gericht geht, erscheint [703] uns denn doch unberechtigt. Es sei hier übrigens, um Mißverständnissen vorzubeugen, ausdrücklich bemerkt, daß Meneses nicht etwa Fürstenhasser im Allgemeinen ist, sondern nur soweit es seinen eigenen Souverain angeht. Er versichert im Gegentheil, beispielsweise die tiefe Verehrung und Begeisterung eines Deutschen für seinen Wilhelm, die eines Russen für seinen Alexander vollkommen zu begreifen. „Wenn ich,“ sagt er in Bezug auf Ersteren, „die deutschen Socialdemokraten darüber brüllen höre, daß Wilhelm’s Regierung sich hoch militärisch geberdet, so kann ich nicht umhin, solche Entrüstung als ein Zeichen ziemlicher Bornirtheit zu betrachten. War es doch Wilhelm mit dem Degen, nicht aber Wilhelm mit dem Buche in der Hand oder mit den Doctoren Naturwissenschaft discutirend, der in einem Nu den Lauf der Jahrhunderte gewissermaßen unterbrach und sein Vaterland an die Spitze der Menschheit zu setzen vermochte; selbst der halsstarrigste Particularist,“ meint er, „würde umsonst versuchen, aus der Geschichte Deutschlands das Schwert des siegreichen Kaisers wegzudenken, ohne daß eine unermeßliche Lücke entstände, die selbst der deutsche Schulmeister, dem man sonst nachrühmt, er habe Frankreich besiegt, nicht ganz auszufüllen vermöchte. So ist denn diejenige Pietät sehr natürlich, die nach Treitschke der Deutsche, der Preuße mindestens, seinem Staate entgegenbringt.“

Genug der Citate aus den Schriften des Tobias Barreto de Meneses! Daß wir es hier mit einem ebenso ungewöhnlichen, wie bedeutenden Manne zu thun haben, dürfte nach dem bisher Gesagten keinem Zweifel unterliegen, und es ist also die Frage: wer ist denn eigentlich dieser Tobias Barreto de Meneses? sehr natürlich. Theilweise giebt unser Bild Antwort darauf. Wir sehen auf den ersten Blick, daß wir einen Mulatten vor uns haben, wie man deren in allen amerikanischen Ländern mit gemischter europäischer und afrikanischer Bevölkerung viele trifft und ihre Intelligenz zu bewundern vielfach Gelegenheit findet. Die ungewöhnlich hohe Stirn, das geistvolle Auge, der entschlossene Zug um den Mund lassen uns nicht lange unklar darüber bleiben, daß sich auch hier eine Summe von Intelligenz verkörpert hat, der wir unser Interesse, unsere Achtung nicht versagen können.

Tobias Barreto de Meneses wurde am 7. Juni 1839 in der kleinen Stadt Campos in der brasilianischen Provinz Sergipe als Sohn unbemittelter Eltern geboren. Er war in den Kinderjahren bereits sehr lernbegierig, doch wurde ihm in seiner Vaterstadt keine Gelegenheit geboten, seinen Wissenstrieb so zu befriedigen, wie er es wünschte. Außer in den Elementarfächern wurde nur noch im Lateinischen daselbst Unterricht ertheilt; dem Studium dieser Sprache wandte er daher seine ganze Kraft zu und erreichte es, daß er schon als siebenzehnjähriger Jüngling als Lehrer derselben von der Regierung angestellt wurde.

Nachdem er in dieser Stellung drei Jahre gewirkt, wurde ihm von der Provinzialregierung seiner heimathlichen Provinz ein sechsjähriger Urlaub bewilligt, damit er während desselben auf einer der Akademien des Kaiserreiches studiren könnte. Meneses trat in das Priesterseminar von Bahia ein, aber nur, um es schon nach vierundzwanzig Stunden wieder zu verlassen. „In dem unreinen Dunst der Scheinheiligkeit, wie er dort herrscht, verging mir der Athem,“ schreibt er in einem Briefe an uns. Er beschäftigte sich nun theilweise in Bahia, theilweise in Sergipe privatim mit philosophischen und mathematischen Studien und begab sich alsdann 1864 nach Pernambuco, um auf der dortigen Hochschule Jurisprudenz zu studiren. Die nöthigen Vorkenntnisse, z. B. des Französischen und der Rhetorik – auf welche letztere Wissenschaft, beiläufig gesagt, in Brasilien sehr viel Gewicht gelegt wird – hatte er sich durch Selbststudium erworben, und durch Privatunterricht, den er in diesen Wissenschaften und im Lateinischen ertheilte, schaffte er sich die nöthigen Subsistenzmittel während seiner Studienzeit. Wie alle gebildeten Jünglinge seines Landes, beschäftigte sich Tobias auch mit der Poesie und verrieth in seinen Dichtungen nicht allein ein bedeutendes Talent, sondern auch sehr viel Muth, indem er mit der Tradition brach und die aus der romantischen Schule Frankreichs hervorgegangene sentimentale Richtung, wie sie heute noch in der brasilianischen Poesie herrscht, persiflirte. Einige seiner Gedichte aus seiner Zeit, die wir besitzen, legen Zeugniß ab von seiner urwüchsigen, sich weit über das Mittelmaß erhebenden poetischen Gestaltungskraft. Seine Gedichte hat er übrigens niemals herausgegeben, weil er – wie er uns schreibt – niemals Zeit dafür gewonnen hat.

Im Jahre 1869 empfing er den Grad als Baccalaureus der Jurisprudenz und ließ sich als Advocat in Pernambuco nieder. Hier war es, wo er sich auf dem mühseligen Wege des Selbstunterrichts die Kenntniß der deutschen Sprache und Literatur aneignete, in einem Lande, das dem deutschen Geistesleben abhold ist, in einer Umgebung, in welcher man die deutsche Sprache zu hören nur selten Gelegenheit findet. Meneses genießt als Advocat einen bedeutenden Ruf und ist ein vorzüglicher Redner, wovon seine Vertheidigungsreden vor der Jury das glänzendste Zeugniß ablegen. Da ist es denn im höchsten Grade verblüffend für die brasilianischen Richter, daß er vor ihrem Forum verschmäht, sich auf die denselben wohlbekannten und als Evangelium betrachteten französischen Rechtslehrer Chauveau et Helie, Berthauld, Boitard etc. zu berufen, hingegen mit den Aussprüchen deutscher Criminalisten wie Schwartz, Otto, Rubo, John, Schütze und Anderer, für seine Clienten plaidirt. Daß seine Ueberlegenheit auf dem Gebiete der Fachwissenschaft ihm nicht gerade Freunde unter den Collegen zuführt, ist sehr begreiflich; in Folge seiner literarischen Thätigkeit hat er aber noch ungleich mehr den Widerspruch seiner Landsleute zu erdulden, der sich leider ausschließlich in persönlichen Beleidigungen äußert.

Seit acht Jahren sehen wir so diesen seltenen Mann unter Anfeindungen aller Art das Banner seiner Ueberzeugung von dem Werth deutschen Geisteslebens doch halten, und daß dies nicht ohne pecuniäre Schädigung der Fall ist, gereicht dem Versorger von sieben unmündigen Kindern zu um so größerer Ehre. „Wenn die Natur mich nicht mit einem heiteren Temperament ausgestattet hätte,“ schrieb er uns vor einiger Zeit, „so wäre ich in Folge dieser ewigen Anfeindungen schon lange Misanthrop geworden.“ Erfreulicher Weise ist es ihm in der letzten Zeit zum wenigsten gelungen, unter den Studenten von Pernambuco Anhänger zu gewinnen, und der Kreis derselben erweitert sich derartig, daß man sich wohl der Hoffnung hingeben darf, die aufwachsende Jugend Brasiliens werde sich zu den Errungenschaften deutschen Geistes allmählich anders stellen als dies bisher geschehen. –

Im vorigen Jahre fuhren wir an Bord des „Habsburg“ bei Pernambuco vorüber, und indem wir uns vom Meere aus des entzückenden Anblickes erfreuten, den diese weitschimmernde Stadt mit ihrer romantischen Umgebung gewährt, erinnerten wir uns mit inniger Verehrung des trefflichen Freundes und gelobten es uns, dem deutschen Volke seinen Namen zu nennen. Wir haben es jetzt gethan und wünschen von Herzen, daß künftig das Vaterland gleich uns des wackeren „deutschen Kämpfers“ von Pernambuco in Ehren gedenken möge.

*Autor: Alfred Waeldler. Titel: “Der „deutsche Kämpfer“ von Pernambuco”; aus Die Gartenlaube, Heft 42, s.700-7003. Herausgeber: Ernst Ziel. Erscheinungsdatum: 1879. Verlag: Verlag von Ernst Keil. Erscheinungsort: Leipzig. Quelle: Scans bei Commons.

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Deitsch und Latein in die Schul vor drei hunnert Johre …

Staatsbibliothek zu Berlin
Preußischer Kuturbesitz

Historische Drucke
Bibliothek Diez

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Die Bibliothek des Diplomaten Heinrich Friedrich von Diez wurde in seinem Todesjahr 1817 erworben und umfasste ca. 17.000 Drucke und 856 Bände Handschriften. Diez verkehrte mit den Gelehrten seiner Zeit und empfing an seiner Tafel fast täglich Gäste, zu denen unter anderen Alexander von Humboldt gehörte. Auch Goethe zog aus den wissenschaftlichen Arbeiten von Diez seinen Nutzen, er führte mit ihm im Zusammenhang mit der Arbeit am “West-östlichen Divan” einen regen Briefwechsel.

Seine Bibliothek vermachte Diez testamentarisch der Königlichen Bibliothek in Berlin mit der Auflage, sie stets in der überkommenen Weise beisammen zu lassen und sie gesondert aufzustellen. Obwohl Diez ausdrücklich betonte, dass ihm bei der Erwerbung von Büchern der Nutzen über die Schönheit und Seltenheit ging, besaß er doch eine große Anzahl seltener Erstausgaben, zahlreiche Drucke des 16. Jahrhunderts und andere zu den literarhistorischen Seltenheiten zählende Werke.

Natürlich ist die Bibliothek in ihrer Gesamtheit ein außerordentlich interessantes Zeitdokument. Die ursprüngliche systematische Aufstellung wird bis heute beibehalten.

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Besen
Scopæ, f. 1.
pl.

Kehrich=
schauffel
Pala, f. 1.

Kehrich
Bäßlein
Apinarium

Auskehrich
Apinæ f. 1.

Schaff
Labrum.
n. 2.

Butten
Trimodi-
um. n. 2.

Stüßen
Urceus a-
quarius.
m. 2.

Selte
Situla. f. 1.

Fleischga-
belein
Focilla. f. 1.

Ofengabel
Rutabulum
n.2.

Backofen
elibanus.
m. 2.

Ofen=
schauffel
Pala furna-
cia. f. 1.

Scopz diffoluæ. Sachen die sich nicht zusammen schicken.
Das XVII. Hauptstück.
Von den Speißkammer und Eßwahren.
Caput XVII.
De penore & re cibarla.

Speiß-kammer
Penus oris.
n.3.

Speißmei=
ster Promus
condus.
m. 2.

Speiß
Cibus.m.2.

Brod – Panis.m.3.
Weißbrod – Panis m. 3.
canditus.
m. 2.

Hausbrod
Panis. m. 3.
cibarius.
m. 2.

Semmel
Semila. f. 1.
Weck Panis
m. 3. figili-
neus. m. 2.

Breßen
Spira. f. 1.

Speckkuchs (?)
Placenta f. 1.
lardo n.2.
Inspersa (?) f.1.

Butterbrod
Fruchstrum
panis cum
butyro.

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WER BIST DU?

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Wer bist du?
Isolda und Eduardo Dusek
(Gesung von Simone Bittencourt de Oliveira / 1995)
Üwersetzung ins Riograndenser Hunsrückisch von Paul Beppler / 2014

“Wer ist das, wo ich liebe awer wo ich noch net gefunn hoon?
Wo tärrer wohne? Uff was für en Sproch turrer mich rufe?
In was für Lewenstück wird er sich mit mich incontriere?
Was für en siehnsucht ist das, von en Liebe wo ich noch nie gelebt hoon?
Wie kann ich das spühre, das was ich noch nie mitgemacht hoon?
Könnt das sin, dass das Errinrunge sin von en vergange Zeit?
orrer ist das en Vorzeich von was noch am komme ist?”

Montagem: Cleide Brito
Música: Quem é você?
Composição: Isolda e Eduardo Dusek
Intérprete: Simone
Música do CD “Simone Bittencourt de Oliveira” de 1995.

“Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei
Eu conheço o teu beijo,
Mas não vejo o teu rosto.
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo.
Que disfarce será que usa
Pro resto do mundo.
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Por que é que te sinto se nunca te vi
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui… então vem!
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer.
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver.
Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse fato
E me faz compreender.
Esse beijo, esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo pra ti
No meu coração
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver.
Vem e me diz: quem é você
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver.
Vem e me diz: quem é você”

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Die deitsche Sproch in Frankreich

O idioma alemão na França

Duas regiões da França que fazem divisa com a Alemanha historicamente tiveram as suas falas germânicas como língua materna: o Elsässisch ou Elsässdeutsch e o Lothringer Platt (sendo que o termo “Platt” desde o centro ao sul da Alemanha e idem nos países vizinhos onde se fala alemão significa “dialeto” = Dialekt = Mundart; já no norte da Alemanha o termo Platt pode ser curto para Plattdeutsch que é um dialeto ESPECÍFICO tecnicamente também chamado de Niederdeutsch). A região da Alsácia se chama Elsass em alemão; e a região adjacente de Lorena é Lothringen em alemão, daí os nomes dos dialetos. Em textos de linguística para denominar a região francesa de fala alemã como um todo para fins discursivos não é incomum ver isto escrito assim: Elsass-Lothringen. A Alsácia e a Lorena são regiões políticas, que dizer, na verdade Elsässdeitsch e Lothingen-Deitsch não são dialetos propriamente dito, tecnicamente falando eles pertence a grupos dialetais há muito reconhecidos pela linguística – por exemplo os falares que pertencem ao alsaciano tem raízes comuns com o dialeto Alemânico / Alemannisch, sob o qual estão todas as variantes do alemão falado na Suíça. Já no caso dos falares que conjuntamente são identificados comumente como Lothingen-Platt, este tem as mesmas raízes do Rheinfränkisch e do Moselfränkisch, do Hunsrücker Platt, do Pfälsich, etc. – quer dizer, por falares similares e avizinhados do sudoeste da Alemanha … aliás, de onde partiram a maior parte de nossos antepassados germânicos ao Brasil. Sendo que tanto o alemão mais falado na América do Norte, o Pennsylvanisch Deitsch (falado não só no estado da Pensilvânia mas em outros estados dos EUA e do Canadá), bem como o alemão mais falado na América do Sul, o nosso Riograndenser Hunsrückisch, o qual é falado não só no Rio Grande do Sul mas também em Santa Catarina (especialmente no Oeste catarinense), no Oeste do Paraná, na vizinha Argentina, e nas últimas décadas até mesmo no Paraguay … todos estes dialetos pertencem ao dialeto maior que linguistas chamam de Fränkisch no alemão, um termo-conceito que nas línguas românicas como o português e o francês são chamados de língua Frâncica (as vezes Fränkisch é traduzido como Francônio no português). Notem que na frança, em francês, o nome do dialeto alemão de Lorena se chama “Francique lorrain” (Francique = Fränkisch = Frâncico/Francônio no português) – mas e porquê esta especificação do Lorrain para Francique Lorrain? Bom, aí temos que compreender que este nome pode causar confusão: Há um outro dialeto com nome parecido, um homônimo, que é um dialeto românico, ou seja derivado do latim, igualmente em francês chamado de “le lorrain” (e em alemão chamado igualmente de Lothingisch (den deutsch-lothringischen), mas romanisch Lothringisch; quer dizer leva o mesmo nome do acima referido dialeto alemão de Lorena), pertencente a um grupo linguístico maior chamado langue d’oil ou línguas de oïl (em alemão: die Oïl-Sprachen) que é falado praticamente por toda a metade norte da França.

Registra-se na atualidade uma mudança social em relação aos falares regionais, no caso, onde as gerações mais novas não sentem mais o desgosto pela cultura alemã baseado nos resultados da Seguna Guerra Mundial – ressurgindo, portanto, especificamente dentre a juventude reivindicações de recuperação dos falares da regionais, da revitalização das línguas menores, muitas vezes moribundas, em sua volta. Os vídeos abaixo atestam isso:


Lothringer Platt – Sprich’ 6
Prestem bem atenção como ambos os nossos dialetos são similares, é incrível isso!!!
Elas são cidadãs da França. / Sie beiden sind französische Staatsbürgerinnen.

Lothringer Platt – Mach emol die dir of – Weihnachten 1/2
Ele é cidadão francês. / Sein Staatsangehörigkeit ist Französisch; er ist Französe.

Miss Frankreich 2012 spricht Elsässich (a miss França 2012 fala alsaciano)
Ela é cidadã francesa! / Sie ist eine französische Staatsbürgerin!

Lern lothringer Platt ! Apprends le platt lorrain ! O alemão loreno, Lothringisch, fica bem mais difícil para nós falantes do Riograndenser Husnrückisch compreendermos pois ele se pertence ao grupo dialetal Alemânico, ao qual pertencem os dialetos alemães da Suíça / Schweiz.

A ideologia política do monolinguismo procura convencer as pessoas do conceito: uma pátria – uma só língua. Isso vai totalmente em contra a natureza diversa e plural da humanidade. Sim toda a cidadania deve ter acesso à educação em língua nacional mas isto não precisa dar-se ao detrimento das línguas regionais menores. Linguistas alertam já há algum tempo que em cem anos 90% de todas as línguas minoritárias do mundo terão desaparecido para sempre; e com elas muitos saberes e tradições, como por exemplo a culinária … Obviamente não é são somente fauna e flora em perigo de extinção por causa da padronização desenfreada onde a única coisa que conta é o lucro. Se você sabe o dialeto de sua região, pratique-o, sobretudo na presença das crianças e jovens; se não, comece a aprender a língua regional de sua região, surpreenda as pessoas mais idosas fluentes na língua mostrando interesse sério em adotar sua língua para si, idependente de sua origem nacional ou étnica – sim, pois as línguas minoritárias são tesouros culturais de suas respectivas regiões, portanto pertencem a todos/as que nela residem.