Standard Hochdeitsch vis-a-vis unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt

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Standard Hochdeitsch
vis-a-vis unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt.
Am 17. Februar 2014 von Paul Beppler gepostet.

Segue minha transcrição do texto mais abaixo para o nosso dialeto alemão riograndense.

O assunto / Das Thema do texto transcrito: Discute-se na Alemanha no momento a possibilidade de se criar regras para servir de guia ao se deixar comentários e opiniões em fóruns de revistas e jornais. Será que haverá conflito entre melhorar o nível das discussões e garantir a diversidade de opiniões?

Quanto à minha versão dialetal … bom, comparem-nas e vejam como o nosso dialeto não difere grandemente do alemão padrão – isto é, quando comparado a muitos outros falares desta mesma nossa grande família germânica.

Dito isto, nosso dialeto no Brasil também não se afastou muito da estrutura da língua em sua origem (com poucas excepções) na Europa Central. Sim temos uma grande e riquíssima quantidade de novos termos que resultaram de contato com uma fauna e flora diferentes da origem, e notadamente do contato com a língua nacional de nosso país (fora influências menores, mas que existem, de outras línguas de contrato).

Outra coisa a ser lembrada é que o nosso alemão riograndense tem seus próprios regionalismos também – assim, por exemplo, o alemão falado no noroeste do estado, onde há pronunciado contato com a Argentina, tem desenvolvido terminologia refletindo tal realidade. Algumas pessoas tendem a misturar bastante as duas línguas outras tendem a preferir uma à outra, ou mesmo mantê-las separadas, dependendo dos círculos sociais.

Alguma pessoas e comunidades são mais abertas e liberais linguisticamente falando e praticam e aceitam mais eingedeutschte brasilioonische Wörter. Por exemplo, outro dia quando utilizei o verbo “frittiere” minha mãe me lembrou que se diz brote (Hochdeitsch: braten, no passado briet, e gebraten) – só que no alemão moderno sim se utiliza frittiere; quer dizer, isto não se trata de um empréstimo “preguiçoso” do português por minha parte. Vivendo e aprendendo, man lebt und man lernt – ijo gell net?!?!

Monolinguismo é uma ideologia política que vai frontalmente em contra à diversidade e à natureza plural da humanidade.

Das Internetz gelt als das demokratischste Medium, weil dort jeder zu allem seine Meinung äissre kann. Das feehrt allerdings ooch zu unsachliche Beschimpfunge orrer Beleidingunge. Der Deutsche Presse-Root will jetzt earschtmols Rechle für Online-Fore von Zeitunge und Zeitschrifte uffstelle. Erhöcht das die Qualidtät der Diskussione orrer beschränkt das die Meinungsvilefalt? Ehre Meinung ist gefrocht. Telefonisch unner 00800 2254 2254 in der Sendung “2254″ ab 1.05 Uhr orrer hier uff unser Facebook-Seite! DEUTSCHLANDRADIO KULTUR 17. Februar, 2014.

Texto original:
Das Internet gilt als das demokratischste Medium, weil dort jeder zu allem seine Meinung äußern kann. Das führt allerdings auch zu unsachlichen Beschimpfungen oder Beleidigungen. Der Deutsche Presserat will jetzt erstmals Regeln für Online-Foren von Zeitungen und Zeitschriften aufstellen. Erhöht das die Qualität der Diskussionen oder beschränkt es die Meinungsvielfalt? Ihre Meinung ist gefragt. Telefonisch unter 00800 2254 2254 in der Sendung “2254” ab 1.05 Uhr oder hier auf unserer Facebook-Seite! DEUTSCHLANDRADIO KULTUR

En typische Tooch für en Deitschbrasiliooner …

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WIE EN MENSCH SICH TÄCHLICH TROOHN MUSS …

man muss Moints uffstehn / ma muss früh uffsteihe
dann, das Bett mache
sich bee(r)schte, sich die Zähn sauwer mache
sich oonziehe / sich sein Kleider oontun
die Händ wasche / sich die Händ abwasche
sich die Boo(r)t mache / sich rasiere
sich dusche / sich boode
das Kaffii trinke /das Kaffii uff dem Tisch tun/ vertich mache
Moints esse / später kommt das Mittachesse, dann das Omentesse
abwasche / das Gescheerr spiele
sich oonziehe
die Hoar mache / sich kämme
sich schminke / die Bäckelcher puudre (Hochdeitsch: der Puter) / heit siche den rote Baton an die Lippe oontun
Bodem [etliche Leit nenne das der Boden, wie in Besem/Besen] stoobe / der Bodem muss mit dem Stoosaucher gestoobt sin
die Wäsch muss noch gewasch sin (do krieht man awer en bisschje Zeit für se lese …)
und Heit muss ich noch flink en pooh Stück Zeich plättre

Das was dohier, der Text dohie wos du grood am less bist, das hoon ich sellebst, Paul Beppler, geschrieb – nämlich, das ist etwas wo ich aus dem Hochdeitsch zu unser deitsche Dialekt adaptiert hoon; das soll dann sin, ei wie die deitsche Sproch im Nordwesten von Rio Grande do Sul spreche tut … wo die meearschte deitschsprechender Leit vor en hunnert Joah, aus der Altkolonie von RGS ausgewannert sin, aus Plätzer wie Estrela, RS, Lajeado, RS, und so weiter.

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MIR BRAUCHE EN WÖRTERBUCH UND EN GRAMMATIK BUCH FÜR UNSER RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH SPROCH

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Que tal uma plataforma de cursos online grátis de como escrever o dialeto alemão falado por mais de dois milhões de habitantes do estado do Rio Grande do Sul? Precisamos de um livro de gramática de RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH; precisamos de um DICIONÁRIO EXAUSTIVO de nossa língua, integrado com dicionários de outras variantes da nossa vertente do alemão falado noutras partes do país, da América do Sul, do Norte, e Europa (Alemanha, Lothringen/Lorena na França, no Luxemburgo, etc.). Pessoalmente eu acho incrível que já não se tenha estes livros há anos … e inseridos em todas as bibliotecas escolares, públicas onde esta língua faz parte da identidade local; e também de livre acesso online como este aqui em Trier, na Alemanha: http://woerterbuchnetz.de O nosso idioma está internacionalmente classificado como em sério perigo de extinção pois ele está abandonado, e sempre esteve baixo políticas de Estado totalitárias que objetivaram erradicar línguas menores de seu território. Monolinguismo é ideologia política que não leva em conta as particularidades linguístico-culturais regionais – ela não deve continuar regendo sem ser questionada em um Estado republicano e democrático como o nosso de agora. Precisamos recuperar o tempo perdio – a hora de se mexer, de reivindicar pela nossa diversidade linguística é AGORA!!!

Sim porque primeiro a gente precisa aprender a escrever a própria língua, depois fazer a transição natural ao Hochdeutsch, que fica bem mais fácil – até mesmo extendendo o aprendizado de idiomas a um patamar mais afastado, mas ainda permanecendo dentro da mesma família linguística, pode-se então aprender o inglês com muito maior facilidade. A falta de reconhecimento da língua materna de milhares de riograndenses deixa o sistema de educação, em todos os níveis, fora de contato com a realidade. É um tremendo desperdício de capital humano, de um bem cultural que, uma vez perdido, jamais poderá ser recuperado.

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“Gretche rehr mich net on”
(wiss.: Mimosa pudica L.)

Wer von eich kennt das Planz dohier uff dem Bild?
[Uff Brasilioonisch heisst das en Dormideira, orrer en não-me-toque; und in Latein, ehre Botoonische Noome ist “Mimosa pudica L.”]

Wie nennt dir das in eire Plattsproch?

Como se chama esta planta no dialeto alemão de tua região?

Aus Porto Alegre: Eraldo Haas, Deitsch in Paverama (dicht von Teutônia), RGS, gelernt: “Gretsche riehr mich net on”.

Selma Behm Beppler aus Brusque, SC, Deitsch in Roque Gonzales, RGS, gelernt: “Gretsche rehr mich net on”.

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QUAL É O NÚMERO DE FALANTES DE ALEMÃO NO RIO GRANDE DO SUL?

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BILD: 1. Preis aus dem Photographischen Wettbewerb im Serra-Post-Kalender 1932. “Der kleine Mate-Lutscher” (Einsender Herr Albino Krüger, Serro Azul).
DO MÖCHT ICH EICH DIE FROCH DOHIE STELLE: Könnt jemand aus Cerro Largo (früher Serro Azul) dieses Kind uff dem Foto erkennen? Vielleicht gibts jemand in Salvador das Missões, Campina das Missões, Roque Gonzales, oder Butiooh, wo möchlichst könnt wisse, erkenne, wer das Bubchje uff dem Bild dohie ist ( Prefeitura Municipal de São Pedro do Butiá )? Bittschön, hellef uns wenn ‘s geht, ijo gell?!?!

Vou ARREDONDAR BEM POR CIMA OS NÚMEROS para simplificar (baseado nas informações do PROJETO BILINGUISMO NO RIO GRANDE DO SUL, mais abaixo):

Dos cerca de doze milhões de habitantes do estado do Rio Grande do Sul, cerca trinta porcento são bilíngues – dentre os quais, cinquenta e sete porcento falam alemão, trinta e quatro falam italiano, e quatro porcento falam polonês; na porcentagem restante estão incluidas as demais diversas línguas menores e o espanhol falado nas regiões fronteiriças. O número de bilíngues no estado é de uns três milhões e seissentos mil, dos quais dois milhões e cinquenta mil e dois são falantes de alemão (ALEMÃO: 2.052.000).

Fica mais do que óbvio que o idioma alemão é a segunda língua mais falada do Brasil, depois da língua nacional – nenhuma outra chega perto. A vasta maioria das pessoas em nosso país não sabe disso.

Projeto Bilinguismo no Rio Grande do Sul (BIRS)
Coordenação: Walter Koch
Vigência: 1985-1989

Projeto desenvolvido no Instituto de Letras da UFRGS, com o objetivo de mapear as áreas bilíngues do Rio Grande do Sul e, com isso, subsidiar os levantamentos do Atlas Linguístico Etnográfico da Região Sul do Brasil (ALERS). A metodologia do projeto baseou-se em um levantamento por correspondência junto aos alistados – por conseguinte, jovens na casa dos 18 anos, pertencentes ao sexo masculino – que se apresentaram entre 1985 e 1987, às Juntas de Serviço Militar de cada um dos municípios do Estado. O questionário enviado às Juntas, para ser preenchido pelo alistado, indagava sobre as línguas faladas pelos mesmos e por seus pais. Os resultados da enquete (v. Altenhofen 1990) apontaram para esse período um índice geral de 26,41% de bilíngues (incluindo geração dos pais e dos alistados). Desse total, o alemão aparece com 56,61%, em 1º lugar, como língua adicional mais falada no RS, seguido do italiano (33,94%) e do polonês (3,97%). Na comparação entre as duas gerações, constatou-se uma redução de 11,75% na média geral de falantas bilíngues, ou seja, houve, segundo a amostra, uma perda linguística de 30,85%, na geração dos pais, para 19,10% na geração dos filhos em idade de alistamento militar.

Atualmente, os dados coletados, de uma amostra que cobre cerca de 80% da área do Estado, fazem parte do acervo do Projeto ALMA-H. Seu valor histórico está no fato de garantir, ao menos para o RS, dados comparativos sobre a vitalidade e manutenção das línguas de imigração no período em questão. Esses dados preenchem uma lacuna do censo demográfico do IBGE que perdura desde 1950, última vez em que se inquiriu sobre “outras línguas faladas no lar”, além do português.

FONTE: ALMA. Grupo de Estudos da Escrita do Hunsrückisch (ESCRITHU) / UFRGS
[Nota: Ao entrar nesta página, vá direto à seção “Projeto Bilinguismo no Rio Grande do Sul (BIRS). Coordenação: Walter Koch. Vigência: 1985-1989”].

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TYPISCH GIBTS KEN GENITIV FALL IM RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH

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In unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt, und damit meine ich in so en normooler tächliche Gesprecht, ei do gibts KEN GENITIV FALL, awer man benutzt VON + DATIV).

Normalmente inexiste o caso gramatical genitivo possessivo no nosso dialeto, salvo alguns casos cristalizados e aparte de uma utilização fluente desta construção gramatical. Portanto não se ouve muito as pessoas falar, por exemplo: … des Mannes = do homem, … der Männer = dos homens; da mulher = der Frau/Frooh no dialeto, das mulheres = der Frauen/mas o plural para Frauen no dialeto é algo único a ele pois se diz die Froohleit.

EM LUGAR DO GENITIVO EM NOSSO DIALETO nós utilizamos “VON” (= “de”) mais o DATIVO – Por exemplo, então: des Mannes = von dem Mann; der Frau = von die Frau; des Präsidenten = von dem Präsident, etc.

MAS PRESTE BEM ATENÇÃO para NÃO chegar à CONCLUSÕES PRECIPITADAS – A FALTA DO CASO GENITIVO, O QUAL NÃO EXISTE TAMBÉM NO PORTUGUÊS, NÃO É INFLUÊNCIA DA LÍNGUA NACIONAL – como muitos pensam à primeira vista (e aí publicam isto em seus pareceres sobre a nossa língua, ajudando a perpetuar informações ruins sobre ela). Dito isto, nem vou entrar nos detalhes mas se você pesquisar irá compreender isto. Ninguém que eu saiba quer negar a influência do português em nosso idioma, mesmo em sua condição de língua minoritária, mesmo estando ela sofrendo de um rápido declínio nas últimas décadas … no entanto precisamos nos guiar pelos fatos, não por achismos.

Ja, das hesst dann, dass der Genitiv Fall von deitschsprechende Leit in Südbrasilien meeischtens unbekannt und/oder ungebraucht weert (wie das schon früher im Südwesten von Deitschland schon immer woar, ijo gell?!?!?). Naja, ijo, weche dem Kontext vons Gesprecht, die Leit tun das dann doch verstehn … wie se das von enem höre. Zum Beispiel, man säht dort net – wenichstens net öfterschs – die Leit unner sich so spreche: “Etwas, etwas … des Bundesstaates” oder ” … des Bundeslandes” – und jo, wie ich do grood geschrieb hoon, Ausnoome gibts schon – die sind dann was se sind, Ausnoome.

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Hier bei dem Link gibt es viele Bilder von Häiser in der Stadt Colinas, im Vale do Taquari oder Taquari-Tal uff Deitsch, in der Altkolonie Gebiet, im Osten von dem Bundesstoot Rio Grande do Sul.

Como estabelecer uma ponte entre o dialeto que é para a maioria de seus/suas falantes somente uma língua falada (ágrafo) e o alemão padrão, especificamente ao efetuar consultas a seus dicionários:

Entre linguistas experts, todo mundo concorda que o nosso dialeto alemão riograndense tem maiores chances de sobreviver se a gente passar a escrever nele. Com algum esforço, é possível qualquer pessoa que fala o dialeto, poder começar a escrever em sua língua regional. É sobretudo uma questão de hábito depender da língua nacional para qualquer coisa em forma escrita. Uma das maneiras mais imediatas de escrever o dialeto é utilizar a escrita do português para tal. Por exemplo, para grafar a frase “Que bonito!” a pessoa escreve “Ví chên”, “Víe xên”, “Víe schen”, etc. Uma super DICA para ajudar a pôr o dialeto falado em escrita é pensar nos sobrenomes de origem alemã que contém o som que você quer grafar. Por exemplo, você quer escrever “cortar” (mas cortar com uma tesoura…); bom, o som inicial é o mesmo na palavra portuguesa “xerife”, e também na palavra “cheio”, então pode escrever “cortar com tesoura” como “xêren” ou “chêren” – MAS, se você pensar bem, você já sabe escrever estes sons em alemão pois eles estão contidos nos seguintes sobrenomes que praticamente todo mundo do sul do país conhece: Scheeren, Scherer, Schaf, Schardong, etc.; portanto, para escrever a palavra dialetal para “cortar com tesoura” você escreve “scheren” – Viu como fica melhor do que grafar isto “xêren” ou “Chêren”? Ainda, o sistema de grafia do idioma português não ajuda na hora de se grafar muitos sons que não existem na nossa língua nacional; por exemplo, quando a gente diz “eu” no alemão, isso é grafado: “Ich”, esse som depois da vogal “i” não existe na língua nacional, e por isto você precisa aprender que ele é representado na escrita pela combinação de letras “ch”; e por isso quando você quiser escrever “perto” em dialeto, você escreve: “dicht”.

Note que com um pouco de persistência você irá aprender com desenvoltura e fluidez como se escreve, grafa, ou registra por escrito a maioria dos sons da língua. Uma vez superada esta fase inicial, você pode começar a escrever o que quiser no dialeto, e seus textos serão compreendidos … não importando detalhes, por exemplo, vamos dizer, se a palavra “bonito” deve convencionalmente ser escrita “schön” e você a grafa como “schen” (isso seria, comparavelmente, como escrever o português sem pôr acentos gráficos nas palavras).

Uma coisa é certa, o nosso dialeto alemão riograndense está bem a caminho da extinção perpétua … portanto, nestas alturas do campeonato, assim por dizer, qualquer forma escrita da língua é melhor do que deixar ela só na fala … quando sabemos que em MUITAS comunidades os adultos fluentes no dialeto simplesmente não falam mais a língua pois sempre há alguém por perto, seja netos, ou amigos, etc. que não entendem nada da língua alemã. E por isto as pessoas fluentes no dialeto simplesmente não estão mais utilizando ele, e quanto mais passa o tempo, mais a gente se afasta de trazer ele de volta, a criar um ambiente ativamente bilíngue …

Para tal, além de começar a escrever na língua, precisamos criar espaços e momentos de confraternização onde a prioridade é que se fale somente em dialeto; Mas lembre-se que além de procurar beneficiar aquelas pessoas que sempre entenderam a língua mas nunca chegaram a falar nela, além de ajudar estas pessoas a começarem a usar a língua tanto oralmente como na escrita … é super importante trazer crianças para estes espaços e momentos de confraternização onde se privilegia a nossa língua minoritária. Muitas pessoas fluentes no dialeto precisam ser convencidas primeiro a voltar a falar na língua – faz parte da natureza humana simplesmente dizer que não lembra mais a língua e ponto final, e seguir o caminho mais fácil, e continuar falando só em português. As pessoas precisam compreender que isso tudo volta bem rapidinho, com um pouco de persistência. Se você simplesmente não falar mais em português com estas pessoas, mesmo que seu alemão seja mínimo, elas perceberão que você está determinado/a e passarão a ajudar você mais e mais …

Para começar a escrever no dialeto, seja mensagens no Facebook, um bilhete deixado na mesa para a sua mãe, uma carta a uma velha amiga, o que seja, uma das coisas principais e mais básicas é aprender o alfabeto. Com um mínimo de esforço a gente consegue aprender o nome das letras do alfabeto em alemão – elas são quase todas iguais ou bem parecidas ao português, com algumas exceções. Para fazer isto, entre nestes vídeos do Youtube: Das deutsche Alphebet (note que o alfabeto “cantado” é mais fácil de lembrar, por isso foi gravado assim no vídeo).

Ainda utilizando o exemplo acima, você logo irá notar que o som de “v” do português é gravado com um “w”, e portanto “que” = “Wie” e “Que bonito! = “Wie schön!” No caso do “ö” – do “o” tremado, ou com Umlaut como se diz no alemão, você irá aprender logo logo com isso funciona no alemão. Vou explicar isto pra você de um jeito informal, bem simples: Só pra você ter uma idéia, em português a gente diz/escreve: roda –> rodei; já no alemão qualquer termo derivado da raíz “roda” = “Rad*”, por exemplo, rodas fica “Räder” … quer dizer, a letra a ganha trema/sinal de Umlaut – é como se a gente tivesse que escrever roda, rodäi em vez de como fazemos: roda, rodei.

*Note também, como aqui neste caso, que substantivos (ou seja coisas, lugares, e pessoas) ficam sempre em maiúscula na escrita alemã; o motivo dessa prática é simples mas mui importante: as frases na língua alemã são armadas de um jeito que pode confundir o leitor ou a leitora, ou demorar um pouco pra ele o ela entender o que está escrito – ao pôr substantivos em maiúscula isso ajuda na leitura, visualmente, facilitando que o sentido da frase seja compreendido com maior rapidez.

muito = oorich orrer* aarich = “artig” uff Hochdeitsch
Forma de uso:
Das ist awer doch oortich teier!
Das ist aber doch artig teuer! (note que embora isto aqui seja o equivalente ao pé da letra no Hochdeitsch, isto não quer dizer que pessoas falando no alemão padrão e ou falando ele meio casado com outro dialeto, diriam isto deste jeito, igual a nós – provalmente diriam: Das ist aber sehr teuer!

*”oder” = “ou” é um termo que na prática, muitos de nós pronunciamos “or-a”, o que eu prefiro grafar: “or-rer”, lembre-se que “rer” tem o som de “a”, como nos sobrenomes Beppler e Becker, quando estes são pronunciados no alemão regional (“pêp-pla” e “pê-ka”).

Lembre-se que muitas vezes não encontramos palavras em dicionário de alemão pois pra começar nós imaginamos a palavras escritas conforme nosso sotaque, por exemplo, a palavra Becker as pessoas iriam no dicionário de Hochdeitsch procurar Pecka, Pegga, ou Pecker … sem que jamais chegassem à Becker = um sobrenome e também
o nome da profissão de assador de pão.

Quando comecei a ler e escrever em alemão, por exemplo, eu não encontrava a palavra “egglich” = “feio” no dicionário de Hochdeitsch – sim porque no alemão padrão o equivalente e egglich não significa feio mas sim mais especificamente nojeto, asqueroso e repugnante; até que eventualmente me dei conta isto e ví que o nosso egglich = ekelig, na verdade é bem mais comum diconários de alemão encotrar-se registrada a forma mais comum desta palavra, que é eklig.

Para resolver este tipo de problema sugiro pegar o significado da palavra dialetal em português e uma vez encontrado seu equivalente em hochdeitsch, procure esta palavra do Hochdeitsch aqui nesta central de dicionários aqui para ver como ela é utilizada regionalmente e como ela foi utilizada historicamente:

www.wörterbuchnetz.de

Os dicionários nesta central de dicionários que mais contém termos parecidos, que se aproximam mais do nosso jeito de falar são, em primeiro lugar, é o dicionário do dialeto da região do Palatinado ou die Pfalz, o dialeto Pfälzisch, abreviado no Wörterbuchnetz.de como PfWB (Mas lembre-se de que “pf” não é um som “nativo” ao nosso dialeto, e portanto não é incomum as pessoas pronunciarem tipo, Ferd em vez de Pferd para cavalo, ou Pälzisch para Pfälzisch.); outro dicionário mui útil pra nós é o de Rheinisch (abreviado RhWB); e mais outro similar é o NRhWB.

FAÇA UM CLICK AQUI PARA ENTRAR NA CENTRAL DE DICIONÁRIOS E FAZER UMA PROCURA GLOBAL (NOTE QUE SE O TERMO PROCURADO PODE APARECE EM SOMENTE UM, EM DOIS, EM MUITOS, OU EM TODOS OS DICIONÁRIOS DA CENTRAL): WWW.WÖRTERBUCHNETZ.DE

GRAMMATIK

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Sieh ooch / Sehe auch / Ver também:
Die fünnef Präpositione, wie mea se im Riograndenser Hunsrückisch Dialekt kenne

Como não existe uma gramática compreensiva do Riograndenser Hunsrückisch, dependemos indiretamente da gramática do Hochdeutsch pelo menos como referência inicial para acesso à nossa língua. É mui importante contextualizar este assunto corretamente: Esta situação linguística precária existe por causa de políticas nacionais de base napoleônicas que sempre visaram exterminar idiomas menores de seu meio. Portanto não é um estado de ser das coisas devido à inabilidades natas por parte da população de falantes desta língua regional brasileira:

GRAMÁTICA DA LÍNGUA ALEMÃ / Grammatik

DECLINAÇÃO NA LÍNGUA ALEMÃ / Deklination

A declinação no alemão (alemão: deutsche Deklination) caracteriza o idioma como uma língua fusional, pois pronomes, substantivos, adjetivos e artigos são declinados. O alemão conserva três gêneros: masculino, feminino e neutro; dois números: singular e plural; e quatro casos gramaticais: nominativo, acusativo, dativo e genitivo.

ARTIGOS / Artikel

Artigos definidos / bestimmter Artikel
Os artigos definidos (alemão: bestimmter Artikel) equivalem às palavras o, a, os, as, do Português.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino der den dem des
Feminino die die der der
Neutro das das dem des
Plural die die den der

Artigos indefinidos / unbestimmter Artikel
Os artigos indefinidos (alemão: unbestimmter Artikel) equivalem às palavras um e uma do Português. Não há plural do artigo indefinido do alemão.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino ein einen einem eines
Feminino eine eine einer einer
Neutro ein ein einem eines

Artigos negativos / Negationsartikel
O artigo negativo (alemão: Negationsartikel) é declinado da mesma forma que o artigo indefinido, mas possui plural. Equivale às palavras nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, do Português.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino kein keinen keinem keines
Feminino keine keine keiner keiner
Neutro kein kein keinem keines
Plural keine keine keinen keiner

PRONOMES

Pronomes pessoais

Primeira pessoa
Os pronomes pessoais da primeira pessoa do singular do alemão equivalem às palavras portuguesas eu, mim e me. Os do plural equivalem às palavras portuguesas nós e nos.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Singular ich mich mir meiner
Plural wir uns uns unser

Segunda pessoa
Os pronomes pessoais da segunda pessoa do sigular do alemão equivalem às palavras portuguesas tu, ti e te. Os do plural equivalem às palavras portuguesas vós e vos.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Singular du dich dir deiner
Plural ihr euch euch eurer

Terceira pessoa
Os pronomes pessoais da terceira pessoa do singular do alemão equivalem às palavras portuguesas ele, ela, o, a e lhe. Os do plural equivalem às palavras portuguesas eles, elas, os, as e lhes. O reflexivo equivale ao se, si.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo Reflexivo
Masculino er ihn ihm seiner sich
Feminino sie sie ihr ihrer sich
Neutro es es ihm seiner sich
Plural sie sie ihnen ihrer sich

Pronomes interrogativos
Nominativo
wer (quem? – sujeito)
Acusativo
wen (quem? – o. direto)
Dativo
wem (para quem?)
Genitivo
wessen (de quê/quem?)

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino welcher welchen welchem welches
Feminino welche welche welcher welcher
Neutro welches welches welchem welches
Plural welche welche welchen welcher

Pronomes relativos
Os pronomes relativos substituem um elemento em uma oração subordinada. Declinam de acordo com a função que desempenham na oração subordinada. No Português, são: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cujos, cuja e cujas.
Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino der den dem dessen
Feminino die die der deren
Neutro das das dem dessen
Plural die die denen deren

Pronomes possessivos
Todos os pronomes possessivos do alemão (mein, dein, sein, ihr, unser, euer e Ihr) seguem o padigrama de inflexão abaixo, em concordância com o substantivo seguinte: (o possessivo euer muda para eur- ao receber desinência)

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino – -en -em -es
Feminino -e -e -er -er
Neutro – – -em -es
Plural -e -e -en -er

Adjetivos
Os adjetivos em alemão podem ter duas funções: predicativa (como em “a praia é bela”) ou atributiva (como em “a bela praia…”). Quando os adjetivos são predicativos, não declinam. Quando são atributivos, concordam com a palavra à qual se referem.

Declinação forte
A declinação forte ocorre quando não há artigo ou pronome precedendo o adjetivo.
Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino -er -en -em -en
Feminino -e -e -er -er
Neutro -es -es -em -en
Plural -e -e -en -er

Observação: a declinação forte segue de perto as terminações dos artigos definidos, exceto quanto ao genitivo do masculino singular e do neutro singular (artigo definido “des”), em que os adjetivos são declinados com a terminação “-en”.

Declinação mista
A declinação mista ocorre quando há artigo indefinido ou pronome possessivo precedendo o adjetivo.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino -er -en -en -en
Feminino -e -e -en -en
Neutro -es -es -en -en
Plural -en -en -en -en

Declinação fraca
A declinação fraca ocorre quando há artigo definido ou pronome (não possessivo) precedendo o adjetivo.
Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino -e -en -en -en
Feminino -e -e -en -en
Neutro -e -e -en -en
Plural -en -en -en -en

CASOS

Nominativo
Quando não se pode reconhecer o acusativo, dativo ou genitivo, vemos o nominativo. Possui a função sintática de sujeito, predicativo do sujeito e predicativo do objeto.

O aluno é dedicado.
Der Schüler ist fleissig.

O idioma é difícil.
Die Sprache ist schwierig

A criança está doente.
Das Kind ist krank.

Acusativo
Quando o artigo poderia ser trocado por um pronome oblíquo. Possui a função sintática de objeto direto.

Eu tenho a caneta. = Eu a tenho.
Eu dou o lápis.
Ich gebe den Bleistift.
Eu vejo a mulher.
Ich sehe die Frau.
Eu chamo a criança.
Ich rufe das Kind.

Nominativ: der Bleistift, die Frau, das Kind
Akkusativ: den Bleistift, die Frau, das Kind

Dativo
Com o sentido de objeto indireto. (dizer algo a alguém, dar algo a uma pessoa etc.)

Eu dou a caneta à mulher ou ao homem.
Ich gebe der Frau oder dem Mann den Kugelschreiber.
A mãe mostra a prenda à criança.
Die Mutter zeigt dem Kind das Geschenk.
Nominativ: der Mann, die Frau, das Kind
Dativ: dem Mann, der Frau, dem Kind
Regra fundamental: Um objeto dativo aparece sempre antes de um objeto acusativo, como por exemplo:
Ich schreibe meinem Freund einen Brief.
Escrevo uma carta a meu amigo.
Ich gebe dem Jungen Unterricht.
Dou aulas ao menino.

Genitivo
Posse (complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial).
O amigo do cachorro.
Der Freund des Hundes.
O vestido da mulher.
Das Kleid der Frau.
A mãe da criança.
Die Mutter des Kindes.
Nomimativ: der Hund, die Frau, das Kind
Genitiv: des Hundes, der Frau, des Kindes

QUELLE

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ZWOOI ROOWE

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DIE ZWEI RABEN
von Theodor Fontane.

Ins Riogr. Hunsrückisch von Paul Beppler,
üwwersetzt am 10. Februar 2014

DIE ZWOOI ROOWE (en Volleksballood)

En Tooch, doorich Wäld, ging’ch ganz allehn
Do hörrich zwooi Roowe, gezänk’ und kräh’n;
Der ene rief dem annre laut zu:
»Wo mach’mer Middach, ich und du?«

»Beim Kamp dort drüwwe leiht unbewacht
En runnergeschloohde Ritter seit die Nacht,
Und niemand wess, dass der do leht am Grund,
Nuar seine Liebchje, sein Falk und sein Hund.

Awer sein Hund, uff neie Jachte geht,
Sein Falk uff frische Greif ist späht,
Sein Liebchje, nei verliebt, is fort,
Mir könne in Ruhe schön fresse dort.«

»Du setzt, uff seine Nacke, dich –
Sein blaue Aue, die sind für mich,
En goldne Lock, nehme mir aus seinem Haar
Soll wärme’s Nest für uns nächstes Joahr.«

»Manchener weert weine: Och ich hatt’ ehn lieb!
Doch kener weert wisse soon, wo ear ist geblieb,
Und hingehn üwer sein bleich Gebein,
Weert Wind und Rehn und Sonneschein.«

Hiedie gesagnte Version von Zwooi Roowe is sehr ähnlich zu meiner Üwersetzung:
Carven In Stone: Die Zwei Raben

Etwas ganz annerstrer davon, immernoch en sehr berühmte Version von dem selwiche Lied, awer wo man von DREI ROOWE dren singe tut … wo in gregorianische Gesang Stil arranschiert wooh – das hesst, dass das Stück ganz verschieden von annre, in so en Oort keerrichliche Chor Stil gesung geb ist:
Die Rabenballade” von “Spielleut
(im YouTube uffgelood von schnorrkathor)

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Wichtiche Satzpartikle

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die Satzglieder = Satzgliedern = partículas de sentenças
die Satztpartikle = Partikeln =  idem, partículas de frases

uff = auf
ehnder* = eher – antigamente, agora fora de uso: ehender. Veja exemplos de uso abaixo no *
als wie = als
wie = als

Note que além de aprender como se escreve “ou” em alemão-padrão, você inevitavelmente terá que familiarizar-se com as duas formas dialetais de grafar esta partícula de frase – sim pois ela é utilizada na prática, e você inevitavelmente irá se deparar com ela, tanto como ora, como orrer (ou mesmo orer) … Sabe quando a gente fala: Die harre en alde Karre! -Na verdade eu diria mais é Audo, mas francamente eu escrevo é Auto pois geralmente é assim que se grafa esta palavra no alemão … e o que ocorre muito é que a gente às vezes fala palavras como Auto pronunciando com “t”, outras vezes com “d” – por isso eu geralmente opto por um, e decido ficar o mais próximo do Hochdeitsch, quando dá… Mas vamos lá: Die harre en alte Karre! = Eles tinham um carro/auto velho! este harre na verdade é hatte, ainda no realmo dialetal – que no Hochdeitsch é HATTEN (mas nós via regra não pronunciamos o “n’ no final das palavras, seja qual for a sua categoria gramatical). Caso você quiser representar o som da palavra HARRE quando ela de fato é pronunciada com com dois “RR”s, você grafa ela e acabou … mas saiba que tem gente que fala o nosso dialeto e não “desliza” para o som de “RR”, ficando com HATTE. Ainda mais, muitas vezes você lê e ou escuta variantes regionais de nosso dialeto, seja ele uma variante catarinense, paranaense, espirito-santense, ou falado na Argentina, e irá perceber que essa troca de “T” (no caso dois “TT”s) por “R” (no caso dois “RR”s) acontece, é praticada, em palavras nas quais a gente NUNCA faz isso, e nem ouve, nunca ouviu antes outras pessoas o fazerem. Você pode optar por sempre escrever, digo grafar, estas ocorrências igual se faz no alemão padrão, e acabou. Ou você quando escreve dialeto sempre grava de um ou de outro jeito, independente das variações que podem de fato, na prática, ocorrer. Uma coisa é certa, você não pode ser e fazer igual a todo mundo ao mesmo tempo – ao escrever um texto, terá que optar por um caminho, uma via… Quando eu produzo textículos com o intúito de ensinar, eu muitas vezes escrevo uma/duas/e até três jeitos, tudo encordoado, às vezes separado por barra inclinada: / Mas isto é só no sentido de ser ilustrativo, pra mostrar as possibilidades.

*Este “Ender” que nós utilizamos em vez do Hochdeitsch EHER me levou anos pra perceber a conexão – precisamente foi ontem que me deu na telha e fui atrás… parece que antigamente esta palavra era EHENDER, o que no alemão-padrão evoluiu para “eher”, e no nosso dialeto, ficou “ehnder”, que simplificado, pode ser grafado como “ender” ou mesmo “enda”).

Ich wollt ehnder komme, das hot awer zu viel gerehnt.
Uff Hochdeitsch säht ma das so / Auf Hochdeutsch sagt man das so:
Ich wollte früher kommen, aber es hatte zu viel geregnet. — Ué, mas não tem EHNDER aqui!!!
Sim, porque no dialeto a gente também pode, NESTE CASO, dizer früher. Na verdade, NÃO se diz EHER neste caso, mesmo que EHER seja o equivalente de EHNDER … é que tem isso, né?!?! nem tudo é sempre na base de igual pra igual, que tudo tem nitidamente um correspondente igualzinho em cada lado – línguas não são assim, esta noção de sempre trabalhar com equivalentes faz parte de aprendizado escolar, didático, e não corresponde com a realidade …

Dito isto, esclarecido este ponto, agora vou mostrar como o EHNDER / EHER é utilizado no Hochdeitsch:
Ich tät ehnder selich bleibe, als wie mich mit dem Kerl zu heirate.
(Note que nesta frase eu escrevi DEN … quando na prática a gente diz DE; sim, pois também no caso dos artigos representanto do gêneros gramaticais DER, DIE, DAS … eu sempre grafo o DER como “der”, muito embora na realidade a gente pronuncie “de” – ISTO É PRÁTICA COMUM NA ESCRITA DE DIALETOS GERMÂNICOS; E TEM SEU PROPÓSITO! ENFIM, É QUESTÃO DE SE ACOSTUMAR E PRONTO, BOLA PRA FRENTE …)
No Hochdeitsch fica assim:
Ich tät eher ledig bleiben, als** mich mit dem Kerl zu heiraten.

Du muss awer ehnder komme, do könne ma zusammen foohre.
Mas você tem que vir mais cedo, aí podemos viajar juntas. (note que no português JUNTAS revela este diálogo imaginado ser entre duas mulheres, ou moças, pessoas do feminino… no alemão isto não fica claro)
Então, EHNDER é como ANTES, em ANTES MAL ACOMPANHADA DO QUE CASADA COM ELE …
Moie will ich ehnder komme! = Amanhã quero vir/vim/chegar mas cedo! Neste caso pode-se dizer FRÜHER em lugar em EHNDER no dialeto – mas no Hochdeitsch TEM que utilizar FRÜHER!!! Deu pra entender? Se não, volte aos exemplos acima, reflita, e tente criar frases similares para praticar (tem gente que faz isso de/na cabeça (pode praticar na frente do espelho, se isto ajuda!); outras pessoas preferem fazer/praticar com papel e caneta; muitos/as gostam mais é de praticar coisas novas assim como esta, falando com outra pessoa na língua, e calculadamente utilizando, no caso, as partículas de frase em questão, a fim de praticar; sempre é bom e recomendável a gente manter contato com outra pessoa a estudar a mesma coisa, e assim discutir em conjunto de tempo em tempo as novidades aprendidas.

**MAIORES ESCLARECIMENTOS (UFF HOCHDEITSCH) AQUI em FAQL.de SOBRE O ALS, ALS WIE, E WIE … NOTE QUE TEM A GRAMÁTICA MODERNA E O UMGANGSPRACHLICH = COLOQUIAL E O DIALETAL [dialetos geralmente tem um LONGO histórico e tradição; enquanto que o falar comum, de rua, o coloquial é o informal de hoje em dia, é como a língua é usada de qualquer jeito pelo público hoje em dia – muitas vezes carregando traços e dando continuidade a certos uso, baseado em dialetos da região, outras vezes simplesmente porque é uma forma mais simples de falar; no caso de gírias modernas também, podem ser palavras que já eram gíria num dialeto da região muito tempo atrás, mas gírias podem, e muitas vezes são super atuais, não reconhecíveis apenas alguns anos atrás – E MUITAS VEZES emprestadas da língua internacional do dia, em nossa era, agora, o INGLÊS – mas já foi o Francês, etc.):

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